Olá,
— Evolução do instinto sexual nos reinos inferiores
O instinto sexual não foi dado por Deus, pronto e completo em cada
Espírito, mas, sim, colocado em germe, para ser desenvolvido e aprimorado,
através de experiências infinitamente recapituladas nos reinos inferiores da
Criação, provocando, com essas atividades e trabalhos, o desenvolvimento natural
de suas faculdades criadoras.
Para chegar aos impulsos sexuais do
homem primitivo, foi necessário ao princípio espiritual passar por exercícios
imensos, diversos e cada vez mais complexos a fim de desenvolver suas
potencialidades, não somente
fisiológicas, mas principalmente psíquicas, pois
todo ser vivo, antes de tudo, é Espírito e somente o Espírito é capaz de
preservar intacta para o futuro toda a riqueza de aprendizagem. A matéria não
dirige: é dirigida.
André Luiz refere a alternância de experiências para definição
das características sexuais:
“Longo tempo foi gasto na evolução do instinto sexual em vários
tipos de animais inferiores, alternando-se-lhe os estágios de hermafroditismo
com os de unissexualidade para que se lhe
aperfeiçoassem as características na direção dos vertebrados.”
“Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / F. C. Xavier / Waldo Vieira –CAPÍTULO.18-1 P
— O instinto sexual no homem primitivo: posse absoluta
Quando o Espírito conquistou a razão, acordando para a Vida Universal, já
possuía por conquista própria um manancial enorme de forças sexuais
advindas de experiências infinitamente recapituladas nos reinos inferiores da
natureza.
Com a era da razão, o Espírito alcançou o direito de livre-arbítrio e
consequentemente da responsabilidade em seus atos.
Todas as criaturas humanas passaram, um dia, dentro da Lei da Evolução,
pela escala dos reinos inferiores da Natureza e pela fase do homem primitivo,
quando o instinto sexual se caracterizava pela posse absoluta por parte do
homem, com relação à mulher, sua companheira na comunhão sexual.
Em o
livro “No Mundo Maior” há esta passagem sobre a sexualidade no mundo
primitivo:
“Nos povos primitivos, a eclosão sexual primava pela posse
absoluta. A personalidade integralmente ativa do homem dominava a
personalidade totalmente passiva da mulher.”
“No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —CAP.11
O homem e a mulher primitivos não possuíam ainda sentimentos, mas
somente o instinto sexual profundamente dominado pela animalidade. O homem
já possuía a sua característica de domínio tirânico sobre a mulher que se
entregava completamente, sem reação, e essa posição grande parte dos
homens ainda conserva nos dias de hoje, apesar de todos os progressos da
civilização.
— A força criadora do sexo nos progressos da organização sexual
Do instinto sexual brutalizado da era primitiva, até aos nossos dias, as
criaturas humanas estão aplicando os recursos das faculdades criadoras do
sexo em todas as expressões de progresso humano: afetiva, social, cultural e
inventiva, pois o sexo é força de amor nas bases da vida, impulsionando todos
os seres para a frente, na conquista dos degraus da evolução.
André Luiz
descreve alguns progressos da organização social estimulada pela energia
sexual:
“O trabalho paciente dos milênios transformou, todavia, essas
relações. (...) Com base nas experiências sexuais, a tribo converteu-se
na família, a taba metamorfoseou-se no lar, a defesa armada
cedeu ao direito, a floresta selvagem transformou-se na lavoura
pacífica. (...) a barbárie ergueu-se em civilização, os processos rudes
da atração transubstanciaram-se nos anseios artísticos que dignificam
o ser, o grito elevou-se ao cântico: e, estimulada pela força criadora
do sexo, a coletividade humana avança, vagarosamente embora, para
o supremo alvo do divino amor.”
“No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —CAP.11
Walter Barcelos " Sexo e Evolução"
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