segunda-feira, 8 de maio de 2017

Adolescência - EVOLUÇÃO DO INSTINTO SEXUAL II

Olá,

— Evolução do instinto sexual nos reinos inferiores 

O instinto sexual não foi dado por Deus, pronto e completo em cada Espírito, mas, sim, colocado em germe, para ser desenvolvido e aprimorado, através de experiências infinitamente recapituladas nos reinos inferiores da Criação, provocando, com essas atividades e trabalhos, o desenvolvimento natural de suas faculdades criadoras.
Para chegar aos impulsos sexuais do homem primitivo, foi necessário ao princípio espiritual passar por exercícios imensos, diversos e cada vez mais complexos a fim de desenvolver suas potencialidades, não somente
fisiológicas, mas principalmente psíquicas, pois todo ser vivo, antes de tudo, é Espírito e somente o Espírito é capaz de preservar intacta para o futuro toda a riqueza de aprendizagem. A matéria não dirige: é dirigida.
 André Luiz refere a alternância de experiências para definição das características sexuais: “Longo tempo foi gasto na evolução do instinto sexual em vários tipos de animais inferiores, alternando-se-lhe os estágios de hermafroditismo com os de unissexualidade para que se lhe aperfeiçoassem as características na direção dos vertebrados.”
 “Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / F. C. Xavier / Waldo Vieira –CAPÍTULO.18-1 P

 — O instinto sexual no homem primitivo: posse absoluta

 Quando o Espírito conquistou a razão, acordando para a Vida Universal, já possuía por conquista própria um manancial enorme de forças sexuais advindas de experiências infinitamente recapituladas nos reinos inferiores da natureza.
 Com a era da razão, o Espírito alcançou o direito de livre-arbítrio e consequentemente da responsabilidade em seus atos. Todas as criaturas humanas passaram, um dia, dentro da Lei da Evolução, pela escala dos reinos inferiores da Natureza e pela fase do homem primitivo, quando o instinto sexual se caracterizava pela posse absoluta por parte do homem, com relação à mulher, sua companheira na comunhão sexual.
 Em o livro “No Mundo Maior” há esta passagem sobre a sexualidade no mundo primitivo:
 “Nos povos primitivos, a eclosão sexual primava pela posse absoluta. A personalidade integralmente ativa do homem dominava a personalidade totalmente passiva da mulher.”
 “No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —CAP.11
O homem e a mulher primitivos não possuíam ainda sentimentos, mas somente o instinto sexual profundamente dominado pela animalidade. O homem já possuía a sua característica de domínio tirânico sobre a mulher que se entregava completamente, sem reação, e essa posição grande parte dos homens ainda conserva nos dias de hoje, apesar de todos os progressos da civilização.

 — A força criadora do sexo nos progressos da organização sexual

Do instinto sexual brutalizado da era primitiva, até aos nossos dias, as criaturas humanas estão aplicando os recursos das faculdades criadoras do sexo em todas as expressões de progresso humano: afetiva, social, cultural e inventiva, pois o sexo é força de amor nas bases da vida, impulsionando todos os seres para a frente, na conquista dos degraus da evolução.
 André Luiz descreve alguns progressos da organização social estimulada pela energia sexual:
 “O trabalho paciente dos milênios transformou, todavia, essas relações. (...) Com base nas experiências sexuais, a tribo converteu-se na família, a taba metamorfoseou-se no lar, a defesa armada cedeu ao direito, a floresta selvagem transformou-se na lavoura pacífica. (...) a barbárie ergueu-se em civilização, os processos rudes da atração transubstanciaram-se nos anseios artísticos que dignificam o ser, o grito elevou-se ao cântico: e, estimulada pela força criadora do sexo, a coletividade humana avança, vagarosamente embora, para o supremo alvo do divino amor.”  
“No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — FEB —CAP.11

Walter Barcelos                            " Sexo e Evolução"

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