Olá,
— Fases evolutivas do INSTINTO SEXUAL
Vejamos um pequeno comentário de cada uma das fases evolutivas do
instinto sexual.
DESEJO
É a forte atração do instinto sexual entre o homem e a mulher, sem a
existência da afeição.
O desejo sexual é a força de atração única, unindo as criaturas, como no
mundo animal. Passado este impulso de atração, mediante a satisfação dos
instintos sexuais, há o afastamento natural no relacionamento do casal.
POSSE
É a união sexual entre o homem e a mulher, onde o desejo já está
acrescido da afetividade. Essa afeição apresenta o amor exclusivista, o amor
egoísta, o amor possessivo. O parceiro ou a parceira quer, a todo custo, vigiar,
exigir, dominar e aprisionar a si mesmo, dentro de seus caprichos, a pessoa
amada. É aqui que surgem o ciúme, a tirania e as exigências do coração
desorientado. Em virtude da pobreza moral das criaturas humanas, é muito
difícil abandonar esta fase sombria da afeição doentia.
“No Mundo Maior” nos
apresenta as dificuldades que se manifestam nesta fase:
“Muito poucas atravessam a província da posse sem duelos
cruéis com os monstros do egoísmo e do ciúme, aos quais se
entregam desvairadamente”
No Mundo Maior” — André Luiz / F. C. Xavier — CAP.11
SIMPATIA
É a permuta de afeição sincera, profunda e permanente entre duas almas.
E a afinidade de ideias, sentimentos e ideais de almas que se atraem e se
combinam. Há uma alegria interior de depositar confiança na criatura eleita do
seu coração.
Simpatia é o resultado da afeição trabalhada nos milênios. Muitas almas
plantam mais simpatia do que o outro parceiro ou parceira, em virtude de sua
noção de responsabilidade afetiva, sua sinceridade de coração e virtudes já
conquistadas. A simpatia constrói o amor-amizade, que é o alicerce de toda
união conjugal. André Luiz nos explica os elementos básicos da amizade
verdadeira na união matrimonial:
“A amizade pura é a verdadeira garantia da ventura conjugal.
Sem os alicerces da comunhão fraterna e do respeito mútuo, o casamento
cedo se transformará em pesada algema de forçados do
cárcere social.”
“Entre a Terra e o Céu” — André Luiz / F. C. Xavier – CAP..38
CARINHO
Desdobra o seu sentimento amoroso e sincero, com toda a ternura,
delicadeza, cuidados, zelo e respeito com a pessoa amada, não somente
quanto ás necessidades físicas, mas principalmente quanto às da alma.
O carinho verdadeiro alcança muito mais o Espírito do que o corpo físico
da criatura amada. A personagem Lívia, de elevada condição espiritual, em o
livro “Ave, Cristo”’ nos fala sobre a pureza dos sentimentos:
“O afeto, a confiança e a ternura, a meu ver, devem ser tão
espontâneos quanto as águas cristalinas de um manancial.”
“Ave, Cristo!” — Emmanuel / F. C. Xavier —CAP.02-
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DEVOTAMENTO
Nesta posição de sentimento, o homem ou a mulher já ultrapassaram os
limites confortadores do carinho. Procuram doar o seu amor, através do esforço
constante, não somente nas horas fáceis e alegres, mas também nos
trabalhos, problemas e dificuldades, para levar ao cônjuge e à equipe
doméstica os bens inapreciáveis da alegria, da paz, da boa vontade, do
conforto material e espiritual.
O grande devotamento é o alicerce para a manifestação inicial da
renúncia.
RENÚNCIA
É a afeição santificada, e a alma está enriquecida pela luz do
entendimento.
Sabe ceder em qualquer circunstância, vivendo o silêncio para dignificar e
elevar bem alto o amor e a verdade em Deus.
Nunca espera recompensa.
Entre os espinhos da incompreensão, crueldade e abandono, vive a
alegria interior de cumprir com os seus sagrados deveres, em obediência
à vontade de Deus.
O coração que renuncia cede de si mesmo, para que a liberdade dos
entes queridos não sofra prejuízo de qualquer procedência. Possui a doce
caridade de compreender a criatura amada, não somente a entende em suas
lutas, dificuldades e imperfeições, mas procura ampará-la pelo desprendimento
de seus próprios desejos, percebendo que a alegria, a paz e a felicidade do
cônjuge são o seu próprio bem.
Não dispensa o uso da energia e da firmeza para se manter nos princípios
elevados, dentro dos padrões morais do Evangelho de Jesus.
O ponto máximo da renúncia é o começo do sacrifício.
(Trecho inspirado nos livros: “Boa Nova” e “Irmão X” — F. C. Xavier — FEB — Lição: 12
— Amor e renúncia e “instruções Psicofônicas” — Espíritos Diversos — Lição: Renúncia.)
SACRIFÍCIO
O exercício permanente da renúncia divina leva ao sacrifício da própria
vida pela Humanidade.
É a renúncia profunda da alma que coloca todos os valores do coração a
serviço dos semelhantes, para construir a felicidade de todos.
Seu coração não vive mais para si, não consegue projetar desejos para si,
pois coloca o amor à Humanidade em primeiro lugar.
É incansável nos seus trabalhos, multiplica suas forças físicas, morais e
espirituais, a fim de ser útil sempre.
Tendo tudo para acolher-se ao bem próprio, procura, acima de tudo, o bem
para todos.
É aquela alma que, podendo exigir, não exige, podendo pedir não pede,
podendo complicar em busca de seus justos direitos, não complica.
Não pára de servir em circunstância alguma. Transforma a dor da
incompreensão das criaturas mais queridas em um cântico de humildade.
Suas dores já não são dores, pois transubstanciou-as na doce alegria de
servir com DEUS pela alegria dos semelhantes. A maior manifestação de sacrifício
pela Humanidade, em todos os tempos da Terra, é inegavelmente a
personalidade divina de JESUS-CRISTO
(Trecho inspirado no livro “Religião dos Espíritos” — Emmanuel —
F. C. Xavier — FEB — Lição 79: Abnegação.)
Walter Barcelos " Sexo e Evolução"
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