Olá,
Em verdade, o sistema solar, - vasto e sublime edifício, de que somos reduzido
apartamento, - é um império maravilhoso de luz e de vida, cuja grandeza mal começamos
a perceber.
Basta lembrar que a sede rutilante desse largo domínio cósmico, representada pelo divino
astro do dia, detém o volume correspondente a um milhão e trezentas mil Terras
reunidas, e basta recordar que Júpiter, o filho mais importante do Sol, é mais de mil vezes
maior que o nosso Planeta.
Mas, não é somente a massa comparada desses gigantes do Espaço,
que precisamos
examinar para definir, com segurança, a nossa pequenez.
Reportemo-nos, igualmente, às distâncias, recordando que Marte, o nosso vizinho mais
próximo, quando menos afastado do educandário em que estagiamos, movimenta-se a
cinquenta e seis milhões de quilômetros de nós, oferecendo-nos justas reflexões quanto
aos estreitos limites de nossa casa terrestre.
Registre-se ainda que o nosso Sistema, ante a amplidão ilimitada, é insignificante
domicílio na cidade imensa da Via-Láctea, na qual milhões de sóis, transportando consigo
milhões de mundos, tanto quanto nos ocorre, procuram, através do movimento e do
trabalho incessantes, a comunhão com a indefinível Majestade de Deus.
Vega, Sírius, Canopus e Antares, sóis resplendentes, junto dos quais o nosso não
passará de ponto obscuro, à maneira de lâmpada humilde no coro da imortalidade,
constituem palácios suspensos, onde a beleza e a perfeição adquirem aspectos
inabordáveis, ainda ao nosso campo de expressão.
Todavia, é preciso calar, de algum modo, o êxtase que nos assalta, ante a magnificência
do Universo,para atender às obrigações que o mundo nos exige.
Somos demasiadamente pequeninos para arrojar ao Cosmo o escalpelo de nossas
indagações descabidas.
Aves implumes no ninho da vida eterna, achamo-nos, ainda, muito longe das asas com
que ultrapassaremos nossas justas e compreensíveis limitações.
Por isso mesmo, embora aguardando a celeste herança que nos é destinada no curso
dos milênios, busquemos construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do Amor, -
Jesus Cristo, - o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o grande futuro.
Antes da ascensão a outras esferas, atendamos a necessidades de nossa própria
moradia.
Melhoremo-nos para que a nossa residência melhore.
Ajudemo-nos uns aos outros, para que a vida, em nosso plano, se faça menos dolorosa e
menos inquietante.E, convertendo nosso mundo, pouco a pouco, no santuário vivo em que Jesus se
manifeste, estejamos convictos de que a Terra, hoje escura, amanhã se transformará no
espelho divino em cuja face à glória de Deus se refletirá.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Intervalos "
Deixe seu comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário