Olá,
1 - Há momentos em que tenho vontade de estrangular meu irmão. Teremos
sido inimigos no passado?
Essa é a idéia com que, nas lides espíritas, justificamos nossa incapacidade
de conviver em harmonia.
2 - Se ele for meu inimigo não será natural que tenhamos problemas de
convivência?
Deus seria um sádico se fosse essa a intenção.
3 - Mas não é assim que pagamos nossas dívidas?
Só pagam dividas os que cultivam a paz. Em estado de guerra apenas
complicamos nosso futuro.
4 - Se a dificuldade de convivência não decorre de passadas divergências,
qual a sua origem?
Falta de educação.
5 - Eu me considero uma pessoa educada. Tenho escolaridade, frequento as
reuniões da mocidade espírita, cultivo a oração.
Isso tudo é muito bom, mas exprime apenas verniz, a parte exterior de nossa
personalidade.
A verdadeira educação exprime-se no disciplinamento de
nossas emoções, na capacidade de conservar a serenidade, respeitando as
pessoas.
6 - Ocorre que quem começa as brigas é ele. Como lidar com isso?
Segundo um velho princípio, quando um não quer, dois não brigam. Elas
começam com a agressão de alguém, mas só se consumam porque o outro
reage com agressividade.
7 - Mas se eu baixar a cabeça sempre que ele apronta, ficarei em
desvantagem...
Você não precisa “baixar a cabeça”. Apenas evite a palavra áspera, o
xingamento, o grito, a violência verbal, que geralmente caracterizam esses
“mimoseios” entre irmãos.
8 - E se ele só entende essa linguagem?
Experimente. Talvez ele pense o mesmo de você.
Não pise na bola - Richard Simonetti
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