sábado, 15 de dezembro de 2012

EVANGELHO - O BATISMO DE JESUS

 Olá,
Evangelho segundo Mateus  cap. 3,

13 Então veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele. 14 Porém João impedia, dizendo: Eu sou o que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?
 15 E respondendo, Jesus lhe disse: Deixa por ora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. E ele então o deixou. 16 E depois que Jesus foi batizado, saiu logo para fora da água; e eis que se lhe abriram os céus; e viu o Espírito de Deus, que descia como pomba e que vinha


sobre ele. 17 E eis uma voz dos céus que dizia: — Este é meu filho amado, no qual tenho posto toda minha complacência.

 Este ponto, em que os Evangelistas tratam do batismo do Mestre, deu origem a intermináveis discussões, que sempre se reacendem ao depararem com circunstâncias favoráveis.
Todas as seitas que se constituíram ao influxo das palavras evangélicas, adotaram o batismo. Algumas de um modo racional, pois só permitem que seus adeptos se batizem na idade em que possam julgar o ato que praticam. Outras obrigam seus seguidores a se batizarem na prmeira infância, idade em que lhes é impossível avaliarem a cerimônia na qual tomam parte inconscientemente. 
 O batismo em nossos dias é uma formalidade exterior, sem significado moral e serve apenas para a satisfação de vaidades e preconceitos arraigados nos corações dos pais.

O Espiritismo não adota o batismo. O batismo, diante das revelações do Espiritismo, é uma cerimônia do passado, inútil no presente.
 E por que Jesus se batizou? Porque lhe convinha cumprir toda a justiça, segundo ele próprio o declara a João. O precursor encerra o período das fórmulas exteriores, quais até então se adorava o Pai. Jesus inaugura o período em que se presta veneração a Deus em espírito e verdade, no santuário da consciência de cada um de seus filhos.

O batismo de João era bem diferente do que conhecemos em nossos dias. Pregando no deserto as alvoradas do reino dos céus, dirigia enérgico convite a todos para que se preparassem para o luminoso dia da redenção. Seduzidos pela sua palavra vibrante de fé, muitos dos ouvintes se arrependiam da vida delituosa que tinham levado e confessavam-lhe as faltas, como penhor e que não tornariam a cometê-las. E João batizava-os, isto é, lavava-os, dando a entender que o arrependimento sincero, seguido do firme propósito de não mais reincidir no erro, limpa o espírito como a água limpa o corpo.

E João prega que Jesus batizaria no Espírito Santo e no fogo. Entrando Jesus na água para ser batizado, é como se dissesse: Até agora foi assim; daqui por diante, será conforme lhes vou ensinar.
 E seu batismo é do Espírito Santo e de fogo.
O avaro que deixa de ser avarento. O hipócrita, que se torna sincero.
O orgulhoso que se torna humilde. O mau que se torna bom. Os viciados que abandonam os vícios.
Os inimigos que esquecem os ódios que os separavam se abraçam à luz do Evangelho.
O forte que se lembra de proteger o fraco.
O rico que procura concorrer para o bem-estar dos pobres.
 O pobre que não murmura.
 Os que, apesar de seus padecimentos, bendizem a vontade de Deus. Todos esses não sofrem um verdadeiro batismo de fogo?

O batismo de fogo, pois, com o qual Jesus nos batiza, é o esforço que ele nos convida a fazer para que nos livremos das paixões inferiores, que nos dominam; livres delas, estaremos batizados, isto é, puros diante de Deus, nosso Pai.
O Espírito Santo é a denominação dada à coletividade dos espíritos desencarnados, que lutam pela implantação do reino de Deus na face da terra. Batizar-se no Espírito Santo significa receber-se a mediunidade. Todos os que recebem a mediunidade se colocam à disposição dos espíritos do Senhor para os trabalhos de evangelização que se desenvolvem no plano terrestre.

 É um batismo de renúncia, devotamento, abnegação e humildade.
 Todos são chamados para o sagrado batismo do Espírito Santo, porque todos podem trabalhar para o advento do reino dos céus.
 Quando Jesus saiu da água, João viu a legião dos fulgurantes espíritos que seguiam Jesus e ouviu o cântico que entoavam ao Senhor nas alturas.
 E  para ser compreendido pelo povo, traduziu a visão celeste por um símbolo material.

EVANGELHO DOS HUMILDES - ELISEU RIGONATTI

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