Olá,
Mateus cap. 6
35 Entretanto ia Jesus dando voltas por todas as cidades e aldeias,
ensinando nas sinagogas deles e pregando o Evangelho do reino e
curando toda doença e toda enfermidade.
36 E olhando para aquelas gentes se compadeceu delas, porque estavam
fatigadas e quebrantadas, como ovelhas que não têm pastor.
37 Então disse a seus discípulos: “A seara verdadeira-mente é grande,
mas os obreiros, poucos.
38 Rogai pois ao Senhor da seara, que envie obreiros àsua seara.
Os judeus tinham por único templo onde cultuavam a Deus, o templo de
Salomão em Jerusalém. Quando celebravam suas principais festas, tais como:
a Páscoa, a Consagração, a dos Tabernáculos, acorriam ao menos uma vez
por ano, ao templo, em Jerusalém, para adorarem a Deus.
Outras cidades e vilas e povoados da Judéia não possuíam templos, mas
sim sinagogas, que eram edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados e
faziam suas preces públicas sob a presidência dos escribas ou doutores da lei.
Era costume um dos presentes levantar-se, pedir a palavra, ler um trecho das
Escrituras e comentá-lo. Não era preciso ser um sacerdote para explicar as
Escrituras: qualquer pessoa do povo podia fazê-lo. Jesus não era sacerdote;
contudo, ensinava nas sinagogas, aproveitando-se desse costume.
Nos
primeiros tempos do Cristianismo os cristãos também procediam assim. Nas
humildes assembléias que realizavam, qualquer um dos assistentes tinha
permissão de comentar o Evangelho. Somente depois que o Cristianismo se
tornou a religião oficial, degenerando no Catolicismo Romano, é que tal prática
foi abolida e proibida, passando a ser privilégio da casta sacerdotal que se
formou.
Trabalhando para que o Cristianismo ressurja em sua pureza primitiva, o
Espiritismo, em nossos dias, franqueia livremente súa tribuna a todos os de
boa vontade que querem pregar o Evangelho, fazendo, dessa maneira, reinar
em seu seio a simplicidade da era apostólica.
Na verdade, o povo não tinha pastores. O clero, cuja missão era instruí-lo,
cheio de ganância pelas coisas materiais se tinha esquecido de seus principais
deveres espirituais.
A ambição, o desejo intenso de ajuntar os bens da terra,
desvirtuaram a sagrada missão dos sacerdotes. Analisando a situação, o povo
compreendia que estava espiritualmente abandonado; e por isso apresentava -se triste e abatido.
Ainda hoje a seara continua a ser muito grande. E os obreiros, muito
poucos. Essa rogativa que o Mestre pede que seus discípulos enderecem ao
Pai, dono da seara, deve ser incessantemente repetida por todos nós, para que
Deus envie trabalhadores abnegados, que continuem o trabalho de
espiritualização e de evangelização do mundo. Todavia, cumpre notar que o
trabalho é árduo e por isso não são todos que são aptos para ele.
Considerando-se que a humanidade ainda está muito afastada dos princípios
cristãos, para trabalhar a contento e eficientemente na seara do Senhor, é
preciso que o trabalhador se arme de muito boa vontade, de renúncia, de
constância, de paciência, de muito amor ao próximo e, sobretudo, de muita fé
em Deus.
O EVANGELHO DOS HUMILDES ELISEU RIGONATTI
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