quarta-feira, 27 de março de 2013

EVANGELHO - A SEARA E OS OBREIROS

 Olá,

Mateus cap. 6
35 Entretanto ia Jesus dando voltas por todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles e pregando o Evangelho do reino e curando toda doença e toda enfermidade. 36 E olhando para aquelas gentes se compadeceu delas, porque estavam fatigadas e quebrantadas, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então disse a seus discípulos: “A seara verdadeira-mente é grande, mas os obreiros, poucos. 38 Rogai pois ao Senhor da seara, que envie obreiros àsua seara.



Os judeus tinham por único templo onde cultuavam a Deus, o templo de Salomão em Jerusalém. Quando celebravam suas principais festas, tais como: a Páscoa, a Consagração, a dos Tabernáculos, acorriam ao menos uma vez por ano, ao templo, em Jerusalém, para adorarem a Deus.
Outras cidades e vilas e povoados da Judéia não possuíam templos, mas sim sinagogas, que eram edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados e faziam suas preces públicas sob a presidência dos escribas ou doutores da lei.
Era costume um dos presentes levantar-se, pedir a palavra, ler um trecho das Escrituras e comentá-lo. Não era preciso ser um sacerdote para explicar as Escrituras: qualquer pessoa do povo podia fazê-lo. Jesus não era sacerdote; contudo, ensinava nas sinagogas, aproveitando-se desse costume.
Nos primeiros tempos do Cristianismo os cristãos também procediam assim. Nas humildes assembléias que realizavam, qualquer um dos assistentes tinha permissão de comentar o Evangelho. Somente depois que o Cristianismo se tornou a religião oficial, degenerando no Catolicismo Romano, é que tal prática foi abolida e proibida, passando a ser privilégio da casta sacerdotal que se formou.
Trabalhando para que o Cristianismo ressurja em sua pureza primitiva, o Espiritismo, em nossos dias, franqueia livremente súa tribuna a todos os de boa vontade que querem pregar o Evangelho, fazendo, dessa maneira, reinar em seu seio a simplicidade da era apostólica. Na verdade, o povo não tinha pastores. O clero, cuja missão era instruí-lo, cheio de ganância pelas coisas materiais se tinha esquecido de seus principais deveres espirituais.
A ambição, o desejo intenso de ajuntar os bens da terra, desvirtuaram a sagrada missão dos sacerdotes. Analisando a situação, o povo compreendia que estava espiritualmente abandonado; e por isso apresentava -se triste e abatido. Ainda hoje a seara continua a ser muito grande. E os obreiros, muito poucos. Essa rogativa que o Mestre pede que seus discípulos enderecem ao Pai, dono da seara, deve ser incessantemente repetida por todos nós, para que Deus envie trabalhadores abnegados, que continuem o trabalho de espiritualização e de evangelização do mundo. Todavia, cumpre notar que o trabalho é árduo e por isso não são todos que são aptos para ele. Considerando-se que a humanidade ainda está muito afastada dos princípios cristãos, para trabalhar a contento e eficientemente na seara do Senhor, é preciso que o trabalhador se arme de muito boa vontade, de renúncia, de constância, de paciência, de muito amor ao próximo e, sobretudo, de muita fé em Deus.

 O EVANGELHO DOS HUMILDES        ELISEU RIGONATTI

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