Olá,
Certa feita, comparou o Senhor a edificação do reino do Céu ao serviço sublime da
germinação de uma semente minúscula.
Abafado na terra que isola e asfixia, o princípio da vida rompe os envoltórios pesados
que o circundam e, elevando-se pouco a pouco, na direção da luz, cresce e frondeja, floresce e
frutifica para o
enriquecimento da vida e da paisagem.
Se recebeste a semente do Evangelho no solo do coração, não sufoques semelhante
benção entre os pedregulhos da desatenção ou da inutilidade.
É imprescindível que a dádiva do Senhor no vaso de tua existência se desenvolva no
rumo da claridade do amor, alongando-se em dons de alegria e paz, em benefício de todos os que
te cercam...
Não te condenes à estagnação no túmulo caiado da impiedade, trajada de frases
brilhantes; não sentencies o conhecimento superior à morte na indiferença; não catalogues a
convicção religiosa no museu dos dogmas e das inquirições infindáveis, onde o tempo te
imobilizará, pouco a pouco, no sepulcro de frias e antigas desilusões...
Descrucifica o Cristo que ainda jaz crucificado em nossa semicaridade e obscurecido em
nossa semiconfiança.
Dá vigor e existência ao Mestre que recebeste no templo da alma!
Crê e vive!
Crê e aperfeiçoa-te!
Crê e eleva-te, elevando os que te rodeiam!
Conduze a esperança onde a fé esmoreceu, faze brilhar a alegria onde a penúria abriu o
manto imenso de sofrimento e escuridão...
Jesus é vida, amor, atividade redentora, bênção de todos os dias.
Descrucifiquemos o Divino Amigo que ainda permanece atado ao madeiro espinhoso de
nossas incompreensões e negações e, tomando a abençoada cruz que realmente é nossa no
desempenho dos nossos deveres de cada dia, alcançaremos felizes a luz de nossa própria
ressurreição.
EMMANUEL
Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco Candido Xavier.
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