Olá,
"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas também vosso
Pai Celestial vos perdoará a vós..."
– Jesus (Mateus, 6:14)
Quando Jesus nos exortou ao perdão não nos induzia
exclusivamente ao aprimoramento moral, mas também ao reconforto
íntimo, a fim de que possamos trabalhar e servir, livremente, na
construção da própria felicidade.
Registremos alguns dos efeitos imediatos do perdão nas
ocorrências da vida prática.
Através dele, ser-nos-á possível promover a extinção do mal,
interpretando-se o mal por fruto de ignorância ou manifestação de
enfermidade da mente;
impediremos a formação de inimigos que
poderiam surgir e aborrecer-nos indefinidamente, alentados por nossa
aspereza ou intolerância;
liberar-nos-emos de qualquer perturbação no
tocante a ressentimento;
imunizaremos o campo sentimental dos entes
queridos contra emoções, idéias, palavras ou atitudes suscetíveis de
marginalizá-los, por nossa causa, nos despenhadeiros da culpa;
defenderemos a tarefa sob nossa
responsabilidade, sustentando-a a cavaleiro de intromissões que, a
pretexto de auxiliar-nos, viessem arrasar o trabalho que mais amamos;
impeliremos o agressor a refletir seriamente na impropriedade da
violência;
e adquiriremos a simpatia de quantos nos observem, levando-os
a admitir a existência da fraternidade, em cujo poder dizemos
acreditar.
Quantos perdoem golpes e injúrias, agravos e perseguições
apagam incêndios de ódio ou extinguem focos de delinquência no próprio
nascedouro, amparando legiões de criaturas contra o desequilíbrio e
resguardando a si mesmos contra a influência das trevas.
Perdão pode ser comparado a luz que o ofendido acende no
caminho do ofensor.
Por isso mesmo, perdoar, em qualquer situação, será
sempre colaborar na vitória do amor, em apoio de nossa própria libertação
para a vida imperecível.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Aulas da Vida "
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