quinta-feira, 9 de abril de 2020

Analisar - Ações libertadoras

Olá,

 Vive-se, na Terra, o momento do desvelar o que se encontra oculto.
Não que este seja um período pior do que outros que foram ultrapassados.
 E mesmo caracterizado por muitas bênçãos advindas do progresso e do desenvolvimento cultural dos seus habitantes, embora ainda
permaneçam muitos desastres evolutivos em forma de violência, de desrespeito aos códigos soberanos da Vida, de desequilíbrios em expressões diferentes, mas todos muito graves quão perturbadores.
 Sucede que muitos dos acidentes morais que chegam ao conhecimento público e fazem a felicidade dos tabloides escandalosos e da mídia em geral, que com eles se preocupam, assim interessam às criaturas porque são projeções inconscientes do que está gravado no íntimo dos seres, perma- necendo ocultos.
De certo modo, o ser humano sente prazer quando detecta desgraça alheia, vendo-se refletido no outro, que parecia nobre e bom, no entanto portador das mesmas misérias que ele.
Como consequência, compraz-se em divulgar o fato, hipocritamente algumas vezes, dando a impressão de lamentá-lo, quando o está aplaudindo e ampliando a área da informação malsã, ou simplesmente quando se ergue para agredir em nome da moralidade ou da defesa dos ideais de enobrecimento, assim agindo, irado, porque o outro realizou o que ele gostaria de fazer e não pôde, não teve coragem, as circunstâncias não lhe facultaram.
O comportamento emocional é muito complexo para ser reduzido a padrões que inspirem segurança e estrutura, em razão do processo de evolução de cada criatura, ao largo das reencarnações, tendo como predominância, em a sua natureza, o período multimilenário de experiências nas faixas mais primárias do desenvolvimento e pouco tempo no acesso à razão, ao discernimento, ao sentimento de amor.
As ações, portanto, são o reflexo da fixação das conquistas psicológicas e intelectuais, tornando-se realidades na pauta do comportamento humano e no inter-relacionamento pessoal.
Começam como tolerância para com aqueles que se encontram nos patamares inferiores do processo de crescimento moral, ensejando-lhes aberturas fraternais para a sua realização, ao mesmo tempo auxiliando de forma direta na conquista do necessário ao seu crescimento interior e externo.
 A tolerância real é conquista valiosa, que se transforma em degrau de progresso, porque faculta novas expressões de solidariedade, destacando-se o perdão irrestrito a todo mal que se haja feito, com esquecimento real da ofensa. Superar esse desafio significa um passo avançado no processo iluminativo pessoal, que abre campo para as ações da caridade fraternal, do auxílio aos mais necessitados, da presença onde se tornem indispensáveis o apoio e a ajuda dignificadora.
Ação é a palavra de ordem, em todo o Universo.
O movimento constitui mecanismo que impulsiona a vida em todos os sentidos.
O ser humano somente se identifica com a sua realidade quando age, tornando-se útil, desprendido dos bens materiais e das paixões pessoais ainda primitivas.
Muitas desgraças que lhe acontecem são lições da vida, cujos bens morais deve compreender e armazenar. Enfermidades inesperadas, acontecimentos desagradáveis, mortes prematuras, separações que surpreendem, acusações descabidas são ocorrências que favorecem o enrijecimento do caráter do Espírito e que o enobrecem, promovendo-o das faixas psíquicas mais pesadas onde se encontra, para que se possa movimentar em outras ondas elevadas que o aguardam no processo de libertação.
Por isso mesmo, nem todo infortúnio deve ser lamentado, senão aceito de modo positivo, porque a Vida sabe o que é necessário para o ser, proporcionando-lhe conforme a sua capacidade de aceitação e oportunidade de experimentação. Assim realizado, esse ser autodesperto já não pode adiar a sua contribuição em favor do meio social onde vive, passando a agir de maneira infatigável.
As suas ações se tornam fator preponderante para o progresso de todos os demais seres, que agora se lhe tornam irmãos, companheiros da mesma jornada.
A sua ascensão eleva-os; a sua queda os conduz ao abismo.
Sua responsabilidade torna-se expressiva, porquanto, autoconsciente dos compromissos que lhe estão reservados, entende por que se encontra na Terra neste momento e sabe como desincumbir-se dos confrontos e lutas que lhe chegam, preservando os valores morais e humanos que lhe são próprios. Quaisquer conflitos que porventura lhe surjam, agora não constituem mais razão de desequilíbrio ou de perturbação, mas oportunidade de ampliar-lhe a capacidade de entender e de solucionar, de crescer infinitamente, porque o seu futuro é a conquista do Si plenamente, superando todos os obstáculos decorrentes das reencarnações passadas com vistas nas propostas desafiadoras do futuro.

Joanna de Ângelis/Francisco C. Xavier               " Vida: Desafios e Soluções "

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário