Olá,
“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque
eu não vim a chamar justos mas os pecadores ao arrependimento.” JESUS
Mateus, 9: 13.
“Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos,
quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade?
A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos
possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade ao pobre
como a# rico; aos retos para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir.” - O E.S.E. Cap. 24, 12.
Na construção espiritual a que fomos trazidos pela bondade do Cristo, surgem momentos
ásperos, nos quais temos a impressão de trazer fogo e fel nos escaninhos
da alma.
Não mais entraves decorrentes de calúnia e perseguição, mas sim desgosto e
inconformidade a se levantarem de nós contra nós.
Insatisfação, arrependimento
tardio, auto-piedade...
Em muitas ocasiões, desertamos do bem, quando se fazia imprescindível
demonstrá-lo.
Falhamos ou distraímo-nos, no momento preciso de vigiar ou vencer.
E sentimo-nos deprimidos, arrasados...
Mesmo assim, urge não perder tempo com lamentações improfícuas.
Claro que não nos compete descambar na irresponsabilidade.
Mera obrigação analisar
os nossos atos, examinar a consciência, meditar, discernir...
Entretanto, é forçoso
cultivar desassombro e serenidade constantes para retificar-nos sempre, adestrando
infatigável paciência até mesmo para conosco, nas provações que nos corrijam
ou humilhem, agradecendo-as por lições.
Muitas vezes, perguntamo-nos porque teremos sido convocados à obra do Evangelho
se, por enquanto, somos portadores de numerosas fraquezas e moléstias morais,
contudo, vale considerar que assim sucede justamente por isso, porquanto Jesus
declarou francamente não ter vindo à Terra para reabilitar os sãos.
Críticos do
inundo indagarão, igualmente, que diferença fazem para nós as teorias de cura espiritual
e as diligências pela sublimação íntima, se estamos estropiados da alma,
tanto agora quanto ontem. Podemos, entanto, responder, esperançosos e otimistas,
que há muita diferença, de vez que, no passado, éramos doentes insensatos,
agravando, inconscientemente, os nossos males, enquanto que hoje conhecemos as
nossas enfermidades, tratando-as com atenção e empenhando-nos,
incessantemente,
em fugir delas.
Emmanuel/Francisco C. Xavier " Livro da Felicidade"
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