Olá,
“Dessa forma, se ninguém pode deter a marcha
geral do Espiritismo, são as circunstâncias que lhe podem
trazer entraves parciais, como uma pequena barragem que pode
diminuir o curso de um rio sem o impedir de escoar. Dessa
espécie são os passos inconsiderados de certos adeptos, mais
zelosos que prudentes, que não calculam bem a importância de
seus atos ou de suas palavras; por isso produzem sobre as pessoas
ainda não iniciadas na Doutrina uma impressão desfavorável,
bem mais própria a afastá-los que as diatribes dos adversários.
O
Espiritismo está, sem dúvida, muito difundido, mas o seria ainda
mais se todos os adeptos tivessem sempre escutado os conselhos
da prudência e soubessem se colocar em uma sábia reserva. É
preciso, sem dúvida, ter em conta a intenção, mas é certo que
mais de um tem justificado o provérbio: Mais vale um inimigo
declarado do que um amigo desastrado.
O pior disto, é fornecer
as armas aos adversários que habitualmente sabem explorar uma
falta de jeito. Não seria pois excessivo recomendar aos espíritas
para refletir maduramente antes de agir; em tal caso, manda a
prudência o não referir-se à sua opinião pessoal.
Hoje, que de
todos os lados se formam grupos ou sociedades, nada é mais
simples que se harmonizar antes de agir.
O verdadeiro Espírita,
não tendo em vista senão o bem da coisa, sabe fazer abnegação
do amor-próprio; crer em sua própria infalibilidade, recusar se
render à opinião da maioria e persistir em um caminho que se
demonstra mau e comprometedor, não é a postura de um verdadeiro
espírita; isto seria fazer prova de orgulho se não for de fato
uma obsessão.”
Allan Kardec não pára de nos colocar em guarda contra as
comunicações de certas categorias de Espíritos e nos recomenda
a cada instante a sempre passar todos os seus ditados pelo cadinho
da consciência e da razão.
Allan Kardec
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