domingo, 12 de janeiro de 2014

1864, p. 3

Olá,

“A moderação dos espíritas é o que assombra e contraria mais seus adversários; tentarão tudo para os fazer dela sair, mesmo a provocação; mas saberão frustrar essas manobras por sua prudência, como já fizeram em mais de uma ocasião, e não caíram nas ciladas que se lhes prepararam; verão, aliás, os instigadores se prenderem em seus próprios laços, porque é impossível que cedo ou tarde não revelem seus propósitos. Este é um momento mais difícil de passar do que aquele da guerra aberta, onde se vê o inimigo face a face: mas por mais rude seja prova, maior será o triunfo.
De resto, essa campanha teve um imenso resultado, o de provar a impotência das armas dirigidas contra o Espiritismo; os homens mais capazes do partido oposto entraram em liça; todos os recursos de argumentação têm sido desdobrados e, nada tendo sofrido o Espiritismo, cada um saiu convicto de que não se poderia lhe opor nenhuma razão peremptória, e a maior prova da penúria de boas razões é que se recorreu ao triste e ignóbil recurso da calúnia; mas aparentando uma boa vontade, pretendeu- se que o Espiritismo dissesse o contrário daquilo que ele diz: a Doutrina está lá, escrita em termos tão claros que desafiam toda falsa interpretação, é assim que a odiosidade da calúnia recai sobre aqueles que a empregam e os convence da sua impotência.”

Allan Kardec

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