Olá,
“É preciso se figurar que estamos em guerra,
que os inimigos estão à nossa porta, prestes a segurar a ocasião
favorável, e que dirigem as inteligências no local.
Nesta circunstância, que há a fazer?
Uma coisa bastante simples:
se restringir estritamente dentro do limite dos preceitos da
Doutrina: se esforçar em demonstrar o que ela é por seu próprio
exemplo, e declinar toda solidariedade com aquilo que poderia
ser feito em seu nome que fosse de natureza a desacreditá-la,
porque isso não costuma ser o feito de adeptos sérios e convictos.
Não basta se dizer espírita: aquele que o é de coração o
prova por seus atos.
A Doutrina, não pregando senão o bem, o
respeito às leis, a caridade, a tolerância e a benevolência com
todos; repudiando toda violência feita à consciência do outro,
todo charlatanismo, todo pensamento interesseiro no que concerne
às relações com os Espíritos, e toda coisa contrária à moral
evangélica, aquele que não se afasta da linha traçada não pode
incorrer em nenhuma censura justa, ou demandas legais; bem
mais que isso, quem toma a Doutrina por regra de conduta, não
pode senão se conciliar à estima e à consideração das pessoas
imparciais; diante do bem, até mesmo a incredulidade zombeteira
se inclina, e a calúnia não pode sujar aquele que é sem mancha.
É dentro dessas condições que o Espiritismo atravessará os
temporais que se amontoam sobre sua rota e que sairá triunfante
de todas as lutas.”
Allan Kardec
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