quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Evangelho - A BLASFÊMIA DOS FARISEUS II

Olá,

Mateus Cap. 12

 27 E se eu lanço fora os demônios em virtude de Belzebu, em virtude de quem os ex pelem os vossos filhos? Por isso é que eles serão os vossos 
28 Se eu porém lanço fora os demónios pela virtude do Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.


Aqui Jesus recomenda que lhe analisem os atos. Belzebu era um símbolo do mal; por conseguinte, quem abrigava o mal em seu coração, jamais poderia estar praticando o bem. Com o decorrer dos tempos, a humanidade compreenderia a obra de Jesus e, então, saberia julgar com acerto todas as suas ações, realizando os mesmos atos de Jesus.
Cumpria que a evolução espiritual se processasse. E hoje, graças às revelações do Espiritismo, sabemos que os demônios nada mais são do que os espíritos desencarnados que já viveram na terra. Como não sabem ainda se comportar cristãmente, perseguem aqueles dos quais guardam ódio.
Para expeli-los, basta que a pessoa tenha superioridade moral e amorosamente lhes ensine o caminho que deverão trilhar para serem felizes, alcançando assim, o reino de Deus.
Este reino, Jesus o trouxe a nós; caracteriza-se pela prática do bem, pela observância da lei da fraternidade e pelo auxilio mútuo. Cumpre agora que todos trabalhem com boa vontade, para que este reino se estabeleça em todos os corações.

29 Ou como pode alguém entrar na casa do valente e saquear os seus móveis, se antes não prender o valente? E então lhe saqueará a casa.

No combate ao mal, é imprescindível o preparo íntimo. Jamais poderá trabalhar com eficiência no campo espiritual o trabalhador que não cuidar do seu aprimoramento moral. Para ser obedecido pelos espíritos ignorantes, para ser ouvido quando prega o Evangelho, é necessário que o discípulo exemplifique com os atos, o que prega com as palavras.
É preciso que vençamos as nossas imperfeições, para depois ensinarmos ao nosso próximo como vencer as dele. Se não prendermos o mal, que como um valente campeia em nossa alma, como poderemos prender o mal que se alastra pelo mundo e arrebatar dele nossos irmãos menos evoluídos? Jesus aqui frisa a importância do preparo individual, antes de alguém se aventurar a preparar a coletividade.

 30 O que não é comigo é contra mim; e o que não ajunta comigo, desperdiça. 

Entre o mal e o bem não há meio-termo: ou somos bons ou somos maus. A indiferença é indício de inferioridade moral. Se não lutarmos por melhorar nosso caráter, segundo os ensinamentos do Mestre, estamos desperdiçando o tempo, que nos foi concedido na terra para cuidarmos de nosso progresso espiritual. Esta é uma advertência que Jesus faz aos encarnados, para que aproveitem bem a presente encarnação. A encarnação é uma bênção divina, a qual deve ser muito bem aproveitada.
Tiramos o máximo proveito da encarnação, quando praticamos o bem, quando nós nos dedicamos às obras morais, quando nos aplicamos ao  estudo, quando minorarmos a miséria moral ou material de nossos irmãos; e, sobretudo, procurando por todos os meios seguir os preceitos evangélicos, respeitando as leis divinas.

 31 Portanto vos digo: Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens: porém a blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhes será perdoada. 32 E todo o que disser alguma palavra contra o Filho do Homem, perdoarse- lhe-á; porém o que a disser contra o Espírito Santo, não se lhe perdoará, nem neste mundo, nem no outro.

Pecar contra o Espírito Santo significa pecar com conhecimento de causa e, por conseguinte, pecar não por cegueira ou por inexperiência, mas por maldade.
O Espírito Santo constitui a coletividade de espíritos esclarecidos e bons, que lutam por melhorar as condições espirituais da terra. Todos aqueles que recebem uma parcela de conhecimentos espirituais, e, contudo, persistem na prática do mal, pecam contra o Espírito Santo. Estas faltas são tanto mais difíceis de reparar, porque foram cometidas por livre vontade, menosprezando a alma suas aquisições divinas.
Pecam contra o Espírito Santo os ministros e pregadores e sacerdotes de religiões, quando deixam de praticar o que ensinam, apesar do conhecimento espiritual que possuem. Dizendo Jesus que o pecado contra o Espírito Santo não será perdoado nem neste mundo nem no outro, não quer ele dizer que a condenação será eterna. Não há condenações eternas. O que ele quer dizer-nos é que os pecados cometidos com conhecimento de causa não apresentam desculpas que os atenuem. Assim sendo, o pecador terá de arcar com a responsabilidade integral do erro cometido, o que lhe acarretará uma reparação difícil e trabalhosa.

O Evangelho dos Humildes             Eliseu Rigonatti

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