Olá,
“A oposição que se faz a uma idéia está
sempre em razão de sua importância; se o Espiritismo tivesse
sido uma utopia, dele não se teria ocupado mais do que de tantas
outras teorias; a animosidade da luta é um índice certo que se o
toma a sério.
Mas se há luta entre o Espiritismo e o clero, a
história dirá quem têm sido os agressores.
Os ataques e as calúnias
de que tem sido objeto o forçaram a devolver as armas que
se lhe lançaram e mostrar o lado vulnerável de seus adversários.
Isto, importunando-os, detiveram sua marcha? Não, este é um
fato aceito.
Se os tivéssemos deixado quietos, o nome mesmo do
clero não teria sido pronunciado, e talvez eles tivessem ganho.
Atacando-os em nome dos dogmas da Igreja, foram forçados a
discutir o valor das objeções, e por isso mesmo a entrar num
terreno que não tinham a intenção de abordar.
A missão do
Espiritismo é de combater a incredulidade pela evidência dos
fatos, de conduzir a Deus aqueles que o desconhecem, de provar
o porvir àqueles que não crêem em nada; por que então a Igreja
joga anátemas àqueles a quem ele dá essa fé, ainda mais quando
não criam em nada?
Rejeitar aqueles que creem em Deus e em
sua alma, é constrangê-los a procurar um refúgio fora da Igreja.
Quem, primeiramente, proclamou que o Espiritismo era um nova
religião, com seu culto e seus padres, senão os clérigos?
Onde
você vê, até o presente, o culto e os padres do Espiritismo?
Se
algum dia se tornar uma religião, é o clero quem o terá provocado.”
Allan Kardec
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