terça-feira, 29 de julho de 2014

Evangelho - Reconciliação

Olá,

 Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.

 Relativamente à vida presente, a reconciliação com os adversários proporciona uma série de inapreciáveis benefícios.
 Paz na Consciência — o maior tesouro que o homem pode desejar no mundo.
 Ausência de inquietações e remorsos — patrimônio que ajuda na aquisição do equilíbrio interior. Sono tranquilo — assegurando bem-estar espiritual enquanto o corpo descansa.
 Despertar sereno — premiando o coração que se enriqueceu de experiências novas, no contacto com benfeitores desencarnados.

Construção de preciosas amizades, nesta e na vida extrafísica — o que é fundamental para todos nós, especialmente os imortalistas-reencarnacionistas.
 A inimizade é uma brasa no coração humano.
Queima, fere, abre chagas profundas.
Faz sangrar por muito tempo.
 Quando nos dispusermos a compreender e seguir o conselho do Mestre
— “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” —, nossos corações inundar-se-ão de um júbilo diferente. De um júbilo sublime, que nenhum tesouro do mundo pode substituir ou compensar.
 Feliz a criatura que diariamente, após honesto exame de consciência, pode dizer:
 “A minha alma está virgem de ressentimentos! Não sinto, dentro de mim, nem ódio, nem rancor, nem desejos de vingança! Não tenho inimigos!
 A todos estimo, a todos prezo, a todos desejo o bem!
Podem existir criaturas que não me compreendam as atitudes, o idealismo, mas eu as compreendo!” Como se vê, a Reencarnação, fazendo luz sobre a palavra evangélica, é, realmente, benéfica e construtiva.
 Favorece a extinção não só dos antagonismos do pretérito, em geral promovidos por nós mesmos, como também ajuda a dissolver as inimizades que a nossa invigilância forjou no presente.
 Com vistas ao amanhã, a confraternização com os adversários, em outras palavras, a reconciliação com os inimigos, aconselhada por Jesus, apresenta vantagens, de natureza espiritual, imprescindíveis ao nosso progresso.
 Assegura-nos, hoje, aquela euforia que nos dará, amanhã, em definitivo, a verdadeira felicidade.
 A maioria das obsessões resulta de ódios que se fixaram, no Tempo e no Espaço, na poeira dos séculos e milênios, pela incapacidade do perdão recíproco.
 Conhecemos casos de vingança que atravessaram a noite escura dos tempos, desceram ao abismo dos milênios, levando hoje à alucinação e à delinquência almas que praticaram ou se acumpliciaram em crimes hediondos...
 A estima fraternal garante, para o porvir de nossas lutas evolutivas, reencarnações liberadas de penosos compromissos e dolorosas consequências. O desatamento de laços hostis, ou, simplesmente, antipáticos, que muita vez distanciam companheiros de jornada, abre aos nossos Espíritos sublimes oportunidades de construirmos, em vez de apenas reconstruirmos.
 Tais considerações, formuladas à base do raciocínio palingenésico, demonstram a sabedoria de Jesus, quando afirmou que o Espírito de Verdade restauraria os Seus ensinamentos.
 Quanta lógica e quanto bom-senso!
 Quanta claridade nos conceitos evangélicos, se interpretados à luz do Espiritismo!
 O nosso coração se enriquece, a nossa alma se torna feliz, a nossa consciência se ilumina, por havermos aceito esta fortuna, este patrimônio inavaliável que o Cristo de Deus, através da personalidade missionária de Allan Kardec, legou à Humanidade planetária.
 Reconciliemo-nos, pois, com os adversários, de ontem e de hoje, se os tivermos, na certeza inabalável de que o perdão irrestrito, com o esquecimento de toda a falta, abrir-nos-á a porta que nos introduzirá, mais tarde, no Santuário de Luz da Vida Infinita. E não esqueçamos, a benefício da nossa própria felicidade, agora e sempre, a suave advertência de Nosso Senhor Jesus-Cristo:
— “Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.”

 Martins Peralva                               Estudando o Evangelho

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