Olá,
Mateus Cap. 12
33 Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má e o seu
fruto mau; pois que pelo fruto é que a árvore se conhece.
A árvore é a religião; os frutos são o bem e o mal que os adeptos de uma
religião espalham.
Aqui Jesus nos adverte de que são os adeptos de uma
religião que a tornam boa ou má.
Uma religião para dar bons frutos deve seguir
as leis divinas; seus sacerdotes devem observá-las estritamente e não
pouparem esforços para ensinar o povo a viver de conformidade com elas; do
contrário os frutos não poderão ser bons.
Na terra estão encarnados espíritos nos mais variados graus de
adiantamento espiritual e desenvolvimento intelectual. Por isso cada criatura
possui uma determinada capacidade de raciocínio e, obedecendo à lei da
afinidade, formam grupos mais ou menos homogêneos.
Origina-se daí quem
nem todos os ensinamentos são aceitos por todos, mas que cada criatura e
cada grupo somente aceitam os ensinamentos, segundo o grau de
compreensão que possuem.
As correntes espirituais estão sempre em
harmonia com o grau de compreensão do grupo a que presidem e seus frutos
são próprios aquele meio. Agora, cumpre a cada componente do grupo fazer
com que os frutos sejam bons. Cada um de nós e o grupo a que pertencermos, poderemos produzir frutos bons ou frutos maus: frutos bons se agirmos com pureza de pensamentos, palavras e atos; frutos maus se preferirmos os caminhos tortuosos dos pensamentos malévolos, das palavras maledicentes e dos atos malignos.
Em virtude do grande esforço que o Espiritismo está desenvolvendo junto a seus adeptos para instruí-los nas leis divinas, os espíritos têm por obrigação produzir bons frutos. Nunca nos esqueçamos de que a base para a produção dos frutos bons é a regeneração de nossas almas. Sem renovação íntima não é possível perfazer-se o progresso moral, produtor dos bons frutos.
34 Raça de víboras, como podeis falar coisas boas sendo maus?
Porque a boca fala o de que está cheio o coração.
35 O homem bom do bom tesouro tira boas coisas; mas o homem mau do mau tesouro tira más coisas.
36 E digo-vos que de toda a palavra ociosa, que falarem os homens, darão conta dela no dia do juízo. 37 Porque pelas tuas palavras serás justificada e pelas tuas palavras serás condenado.
Jesus se insurge contra os hipócritas, os quais aparentam sentimentos louváveis que não possuem. Contudo, por mais que se esforcem por demonstrarem virtudes, o mal transparece em suas ações, porque cada indivíduo age sempre de conformidade com seus íntimos sentimentos e não com os que finge possuir. Ao passo que o homem sincero, cujos íntimos sentimentos estão trabalhados pelo bem, age em todas as circunstâncias movido pelo bem que realmente traz em seu coração.
A palavra aqui é empregada no sentido figurado e significa os atos que cada um pratica e os pensamentos que habitualmente alimenta.
As palavras ociosas, que os homens falarem, são as más ações que cometem e seus pensamentos maldosos. Cada um será justificado ou condenado por suas palavras, quer dizer que cada um receberá exatamente segundo suas obras; nem mais nem menos.
O juízo final não existe de um modo absoluto: é simplesmente o julgamento que cada um sofrerá ao passar para o mundo espiritual; reverá em quadros fluídicos, criados por sua consciência, toda sua vida passada; e se sentirá feliz pelo bem que tiver feito e será compelido à retificação do mal que tiver causado.
Portanto, quem muito errar, muito padecerá, até extinguir as causas que deram motivo ao seu sofrimento.
Eliseu Rigonatti Evangelho dos Humildes
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