Olá,
O progresso do mentalismo abrirá, indubitavelmente, novos rumos à Medicina para
engrandecimento do futuro humano.
O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos
ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas
normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
Avançando pesadamente, da animalidade para a humanidade, aumentamos o poder da
consciência pela assimilação dos valores que a vida nos oferece, por intermédio do tempo
e do trabalho; e, com esse poder armazenado na economia do próprio ser, manejamos o
equipamento celular, com antecipado conhecimento de suas ações e reações, qualidades
superiores ou idiossincrasias genéticas, para que nos ajustemos
ao laborioso esforço da
encarnação, dela retirando os proventos necessários.
A custa de insano trabalho, emerge a alma do passado obscuro, elevando-se para as
zonas de equilíbrio e sublimação, deixando, porém, na retaguarda, verdadeiros mundos
submersos, dos quais recebe apelos deprimentes, que, muita vez, a compelem à
estagnação nas trevas.
Tudo é vibração, movimento, magnetismo e eletricidade, nos domínios quase
desconhecidos da matéria e do espírito, cujo ponto de interação estamos singularmente
distantes de alcançar.
O homem, na estruturação fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando
cargas elétricas, com que influencia e é influenciado.
Todo sentimento é energia estática.
Todo pensamento é criação dinâmica.
Toda ação é arremesso, com todos os seus efeitos.
Cada individualidade, assim, conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e
segundo os pensamentos que entretém na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói,
através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se evidencia
pela instrumentação mental que lhe é própria.
A saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de frequências.
Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação de vários
parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o alimento.
Forçoso é,
todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores de maior importância, não
somente na vida normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas.
Cada alma vive carregada dos princípios eletromagnéticos gerados por ela mesma,
projetando ondas que, na essência, são os fluidos positivos ou negativos com os quais
jogamos no campo de atividades a que fomos chamados ou conduzidos.
Nossa mente vive cercada de forças complexas que procedem das constelações
próximas e remotas, do Sol, da Lua, da própria Terra, dos nossos semelhantes e dos
seres superiores e inferiores que partilham conosco a habitação coletiva.
Achamo-nos, no Planeta, como que presos a poderoso imã: desenvolvemos nossas
virtudes potenciais; apuramos tendências e recolhemos as vantagens da educação
espiritual; emitimos as irradiações que nos são peculiares e graças às quais somos
aproveitados pelas Potências Sublimes, no serviço da Humanidade ; entesouramos nossa
riqueza futura, ou por ela nos castigamos a nós mesmos: são os choques de retorno, em
cuja manifestação somos sempre vítimas das cargas asfixiantes que arremessamos, no
espaço e no tempo, ferindo pessoas e coisas, na tentativa de quebra da Harmonia Divina.
Nossos sentimentos e pensamentos criam linhas de força, e, destarte, conforme a nossa
polaridade, ou se nos facilita a ascensão, que é luz, ou sofremos retardamento em níveis
mais baixos, quais os apresenta o mundo terrestre, voluntário cárcere de sombra.
Tudo é santo nos círculos da Natureza, mas a inteligência que se elevou na escala do
aperfeiçoamento moral não professará o magnetismo dos seres em movimentação
primária, sem dano grave a si mesma.
A vida pede a nossa renovação permanente para chegarmos ao Sólio Divino, que lhe é
meta fulgurante. Para isso é imprescindível aprender, transformar, agir e santificar,
incessantemente, assimilando as ondas de vitalidade que nos cercam em nosso
crescimento espiritual.
Confiarmo-nos a paixões bastardas será estabelecer linhas de forças repulsivas, que nos
constrangem à demora na paisagem das sombras.
Acendermos a confiança e o entusiasmo na vitória do bem é formar linhas de forças
atrativas, com as quais estruturamos para a nossa individualidade eterna um mundo vasto
de felicidade, alegria e paz incessantes.
O homem é o distribuidor de cargas eletromagnéticas, geradas por ele mesmo, em toda
parte.
O equilíbrio, portanto, é questão de toda hora.
Examinado em seus aspectos reais, o corpo físico é uma grande república federativa,
onde as células, diferenciadas pela especialização, agem sob o comando da mente.
Esses indivíduos microscópicos requisitam, porém, incentivo, nutrição e amparo, a fim de
viverem convenientemente, e possuem também o seu campo vibratório circunscrito,
dependendo de estímulos dessa natureza para se enquadrarem na harmonia necessária.
A missão de curar, deste modo, é muito mais a ciência de equilibrar os movimentos
oscilatórios que a de socorrer o veículo somático; e somos obrigados a considerar que, ainda quando praticamos a clinica ou a cirurgia, é imprescindível ponderar a modificação
do tônus vibratório de imensas colônias de protozoários, através de cargas elétricas de
produtos químicos ou de golpes renovadores do bisturi, se desejamos alcançar a
almejada restauração.
Cada alma vive e respira na atmosfera mental que estabelece para si mesma, em
qualquer distrito do Universo.
Purifiquemos o pensamento, encaminhando-o às zonas superiores do nosso idealismo,
buscando, simultaneamente, materializá-la no terreno chão da luta diária, criando novos
motivos de felicidade, de confiança, de luz e de alegria, na esfera de nossas horas
vulgares, e a harmonia será a resposta divina aos nossos empreendimentos.
Em baixo, a inteligência encarnada sofre a influência de pesado clima vibratório, em
vastíssimo parque de contrastes e de experiências, na condição do aluno que se deve
impor estudo e exercício para alcançar o conhecimento.
Em cima, resplandece a Lei Cósmica, retribuindo a cada criatura, no tempo e no espaço,
conforme as próprias obras.
A ciência mental, com bases nos princípios que presidem à prosperidade do espírito,
será, no grande futuro, o alicerce da saúde humana.
Saudando, assim, o porvir da Humanidade, exaltemos o Médico Divino que, sem usar
sequer uma gota de elixir da Terra, atuou na mente do mundo, legando-lhe a fonte
renovadora do Evangelho, com o qual, na esteira infinita das reencarnações,
gradualmente nos ajustamos aos deveres da fraternidade e do trabalho, na real aplicação
do “amemo-nos uns aos outros”, aprendendo a subir, vagarosamente embora, o monte da
glorificação espiritual.
Miguel Couto/Francisco C. Xavier " Falanndo à Terra "
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