sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Analisar - Deus e a Natureza

Olá,

 Não procures Deus nos templos de pedra e de mármore, ó homem que quer conhecê-lo, mas no templo eterno da Natureza, no espetáculo dos mundos que percorrem o Infinito, nos esplendores da vida que se desabrocha na sua superfície, na visão dos horizontes variados: planícies, vales, montanhas e mares, que tua morada terrestre te oferece.
 Por toda a parte, à luz do dia ou sob o manto constelado das noites, à beira dos oceanos tumultuosos como na solidão das florestas, se souberes recolher-te, ouvirás as vozes da Natureza e os sutis ensinamentos que ela murmura ao ouvido daqueles que frequentam seus refúgios e estudam seus mistérios.
A vontade que dirige o Universo dissimula-se a todos os olhares.

As coisas estão dispostas de maneira que ninguém seja obrigado a nelas crer.
Se a ordem e a harmonia do Cosmo não bastam para convencer o homem, ele é livre. Nada constrange o cético para ir a Deus.
 A Natureza sábia limitou nossas percepções e nossas sensações. É de degrau em degrau que ela nos conduz no caminho do saber.
É lentamente, etapas por etapas, vidas após vidas, que ela nos leva ao conhecimento do Universo, seja visível, seja oculto. O ser gravita um a um os degraus da escada gigantesca que conduz a Deus.
E cada um desses degraus representa para ele uma longa série de séculos.
Entretanto, tudo revela e manifesta tua presença. Tudo o que na Natureza e na Humanidade, canta e celebra o amor, a beleza, a perfeição, tudo que vive e respira é uma mensagem de Deus.
As forças grandiosas que animam o Universo proclamam a realidade da Inteligência Divina; ao lado delas, a majestade de Deus se manifesta na História, pela ação das grandes almas que, semelhantes a ondas imensas, trazem às margens terrestres todas as potências da obra de sabedoria e de amor.
E Deus também está em cada um de nós, no templo vivo da consciência. É aí que está o lugar sagrado, o santuário onde se esconde a centelha divina.
Ó homens! aprendam a descer em si mesmos, a pesquisar nos recantos mais íntimos do seu ser; interroguem-se no silêncio e no refúgio. E aprenderão a se conhecer, a conhecer em vocês a potência oculta. É ela que eleva e faz resplandecer no fundo de nossas consciências as santas imagens do bem, da verdade, da justiça, e é honrando essas imagens divinas, rendendo-lhes um culto de cada dia, que essa consciência ainda obscura se purifica e se esclarece.

Leonn Denis        " O Grande enigma"

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