Olá,
As bases de todos os serviços de intercâmbio,
entre os desencarnados e encarnados,
repousam na mente,
não obstantes as possibilidades de fenômenos naturais,
no campo
da matéria densa,
levados a efeito por entidades menos evoluídas
ou extremamente
consagradas à caridade sacrificial.
De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os
trabalhos da comunhão de espírito a espírito.
Daí procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e
de fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos da Grande Luz.
Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra inicialmente burilada. Tanto quanto a
do animal, pode demorar-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a
crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a
expomos ao sol da experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as
dificuldades do caminho por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos por
aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra burilada reflete a
luz, certamente nos habilitamos a receber a influência dos grandes gênios da sabedoria e
do amor, gloriosos expoentes da imortalidade vitoriosa, convertendo-nos em valiosos
instrumentos da obra assistencial do Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos
menos favorecidos e para a elevação de nós mesmos às regiões mais altas.
A fim de atingirmos tão alto objetivo é indispensável traçar um roteiro para a nossa
organização mental, no Infinito Bem, e segui-lo sem recuar.
Precisamos compreender _ repetimos _ que os nossos pensamentos são forças,
imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.
Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias,
aspirações, invocações e apelos.
Energia viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis, construindo paisagens
ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa
atuação ou recebemos a atuação dos outros.
Nosso êxito ou fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos
mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar.
Semelhante lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida.
Comunicar-nos-emos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais no
colocamos em sintonia.
Nos mais simples quadros da natureza, vemos manifestado o princípio da
correspondência.
Um fruto apodrecido ao abandono estabelece no chão um foco infeccioso que tende a
crescer, incorporando elementos corruptores.
Exponhamos a pequena lâmina de cristal, limpa e bem cuidada, à luz do dia, e refletirá
infinitas cintilações do Sol.
Andorinhas seguem a beleza da primavera.
Corujas acompanham as trevas da noite.
O mato inculto asila serpentes.
A terra cultivada produz o bom grão.
Na mediunidade, essas leis se expressam, ativas.
Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do desequilíbrio,
enquanto que a boa-vontade e a boa intenção acumulam os valores do bem.
Ninguém está só.
Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá.
Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que
situa a própria felicidade.
Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são
aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo
o antigo ensinamento evangélico, “tecemos nosso tesouro onde colocamos o coração”.
EMMANEUL "ROTEIRO"
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