Olá,
Não repouses na gleba de possibilidades que o Divino Amor te confiou no coração da Terra.
Voltarás amanhã para colher o que hoje semeias.
Ninguém te pede milagres de santidade num dia.
A árvore vigorosa não cresceu de improviso.
A cidade em que renasceste não se levantou de repente.
Tudo se desenvolve, minuto a minuto...
A vida impõe-te “agora” as conseqüências do “antes”.
Somos hoje no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...
Se a dor é a tua mestra constante, agradece-lhe o serviço e aprende a lição. Ela é o
recurso invisível com que a Bondade do Senhor te arrebata ao labirinto das sombras de ti mesmo.
Se recebeste alguma facilidade para atravessar, com êxito, a escura região terrestre, não
te confies à preguiça ou à vaidade, para que o sofrimento não seja convidado a desintegrar a
gelada neblina em que te sepultarás sem perceber.
Não te esqueças.
A oportunidade passa, mas a luta adiada volta sempre.
Amanhã reencontrar-te-ás contigo mesmo, na paisagem que o mundo te oferece, nos
ideais que esposas, nos trabalhos confiados à tua mão ou na pessoa do próximo que honras ou
menosprezas...
Cumpramos, agora, os nossos iluminados deveres à face da Lei.
Convertamos nossa
experiência pessoal em serviço a todos, transformando as horas, que Deus nos empresta, em
bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia e o futuro constituir-se-á para nossa alma em
abençoado e celeste caminho de ascensão.
Não critiques destruindo.
Não julgues o mal por mal.
Não firas a ninguém.
Não revides os golpes da sombra para que te não demores nas malhas da treva.
Não retribuas ofensa por ofensa, amargura por amargura, incompreensão por
incompreensão.
Ama, auxilia e passa, e, quando regressares à Terra, amanhã, o mundo receberá teus pés,
em chuva de bênçãos.
EMMANUEL
Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco Candido Xavier
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