Olá,
Não atires as jóias cintilantes da sabedoria ao ignorante, mas não te
esqueças de oferecer-lhe a bênção do alfabeto, minorando a miséria
espiritual do mundo desde hoje.
Não te percas em longos discursos sobre o poder do bem, ao lado do irmão
infeliz que se fez malfeitor contumaz, entretanto, não negues a semelhante desventurado
o braço fraterno, a fim de que possa livra-se das profundezas do abismo.
Não te alongues em considerações excessivas sobre a virtude, junto daqueles
que resvalaram nos grandes infortúnios da alma, todavia, não lhes subtraias o incentivo
para o retorno à vida útil e digna a que todos nos achamos destinados.
Não arrojes o tesouros da revelações divinas ao transeuntes que passa, cujo
íntimo ainda não conheces, no entanto, não olvides a necessidade de simpatia e carinho,
com que nos compete auxiliar ao forasteiro, de vez que, um dia, seremos igualmente
estrangeiros em outras regiões e em outros climas.
Não te precipites no pântano, mas socorre-o a fim de que se faça menos
amargo, habilitando-o a receber valiosas sementeiras nas oportunidades do futuro.
Não confies plantas selecionadas à esterilidade dos espinheiros, entretanto,
ampara o solo, removendo-os, convenientemente, a fim de que o chão hoje infeliz possa,
amanhã, surgir renovado ao toque de teu esforço.
Não cesses de agir, construindo e elevando para o bem infinito.
“Não atires pérolas aos porcos” – proclamou o Divino Mestre, todavia, essa
afirmativa não nos induz a esquecer o alimento que devemos a esses pobres animais.
A leviandade, a ignorância, a perturbação, a desordem, a incompreensão e a
ingratidão constituem paisagens de trabalho espiritual, reclamando-nos atuação
regeneradora.
Não olvidemos a palavra do Senhor, quando nos asseverou, convincente:
- “Meu
Pai trabalha até hoje e eu trabalho também”.
EMMANUEL/FRANCISCO C. XAVIER ASSIM VENCERÁS.
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