Olá,
MATEUS CAP.10
36 E os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos.
37 O que ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e o
que ama o filho ou a filha mais do que a mim, não é digno de mim.
Jesus nos avisa de que os inimigos do homem são os seus próprios
domésticos, porque as opiniões contraditórias, que se fõrmam dentro de um lar,
poderão desviar do caminho espiritual aqueles que o querem seguir.
É comum alguém querer desenvolver sua mediunidade e encontrar cerrada
oposição justamente naqueles que mais deveriam entusiasmá-lo para isso.
Outros querem seguir o Espiritismo, frequentar as sessões, estudar o
Evangelho e a mesma má vontade em secundá-los em seus esforços divinos
se manifesta no seio de sua família.
Às vezes é o marido que serve de
obstáculo à mulher e a mulher ao marido; outras vezes são os pais que não se
interessam pelo futuro espiritual de seus filhos e nada fazem para guiá-los
espiritualmente; e acontece também que pelo falso amor que os pais
consagram aos filhos, não usam da energia necessária para conduzi-los pelo
reto caminho, deixando que eles se percam nas ilusões do mundo.
Os país
espíritas precisam prestar atenção nesse particular:
não basta que eles se esforcem por seguir a Jesus; é imprescindível que
incutam no coração de seus filhos, desde pequeninos, os hábitos de acordo
com os ensinamentos de Jesus; só assim estarão cooperando com o Mestre na
evangelização do mundo.
Ser digno de Jesus, portanto, é saber superar todos os obstáculos que se
nos apresentarem contra nosso desejo de espiritualização.
Esses obstáculos
se manifestarão com maior intensidade em nosso ambiente doméstico; é
indispensável, então, uma grande dose de boa vontade, muita fé em Deus,
muita oração a fim de que esses obstáculos sejam removidos, não pela
violência, mas pelo entendimento mútuo e pelo amor que todas as criaturas se
devem umas às outras.
38 E o que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.
A cruz a que Jesus se refere, pode apresentar-se a nós sob três aspectos:
no cumprimento de nosso dever de cada dia,
no sofrimento e
na mediunidade.
É mister que cumpramos nossos deveres diários com a melhor boa
vontade e segundo os preceitos de Jesus, tratando cristãmente de todos os
que se aproximarem de nós e dos que vivem sob nossa dependência. Para
isso devemos esforçar-nos para sermos um padrão de moralidade, de trabalho,
de fé em Deus e de amor ao próximo.
É baseando mesmo os nossos mínimos
atos no Evangelho de Jesus, que nos tornaremos dignos de Jesus. O sofrimento pelo qual passaremos também constitui a cruz que devemos
carregar durante nossa existência. Não há efeito sem causa. Se sofremos, é
porque o merecemos. Se não conseguirmos descobrir a causa de nosso
sofrimento na existência atual, ela estará, forçosamente, numa de nossas existências
do passado. Nunca nos esqueçamos de que nossa vida presente é a
consequência dos atos que tivermos praticado em nossas encarnações
anteriores, assim como nosso futuro será o resultado de nossas ações da vida
presente.
Geralmente, os que sofrem se afastam de Jesus por se lastimarem.
E o sofrimento humano pode ser causado pelo desvio das leis divinas, pela
ignorância e pelo endurecimento. Qualquer transgressão das leis divinas causa
sofrimentos. Podemos escapar da justiça terrena, mas jamais poderemos
escapar da Justiça Divina, que dá a cada um unicamente o que cada um
merece, como consequência de seus atos.
A ignorância é outra grande causa de sofrimentos. A ignorância conduz ao
vício e ao crime. Por isso o indivíduo já esclarecido à luz do Evangelho deverá
combater acerrimamente a ignorância de seus irmãos, ensinando-os a
respeitarem os preceitos de Jesus.
O endurecimento é outra fonte de sofrimento. O indivíduo endurecido é
aquele ao qual já foi mostrado o bom caminho, mas por orgulho, por
comodismo, por conveniências sociais ou por pouca vontade, persiste no erro.
Semeia, assim, sementes de sofrimentos que, mais cedo ou mais tarde, ou
nesta vida ou na outra, germinarão, resultando numa colheita de frutos
amargos.
Os que sofrem, por conseguinte, que tomem a cruz de seus padecimentos
e a carreguem com calma, paciência, resignação e coragem até o fim, para que
possam ser dignos de Jesus.
Dado o estado de incompreensão em que está imersa a maioria dos
encarnados, a mediunidade se torna, por vezes, uma cruz bem pesada.
E o
médium digno de Jesus é o que toma a cruz, de sua mediunidade e a
transforma em luz para os que jazem nas trevas, consolo para os aflitos,
esperança para os tristes, alívio para os sofredores e guia para os ignorantes.
O EVANGELHO DOS HUMILDES ELISEU RIGONATTI
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