sábado, 6 de julho de 2013

COTIDIANO - NO ATO DE PEDIR

Olá,

Em formulando rogativas ao Céu, não olvides que a oração, como súplica, tanto quanto ocorre a edificações comezinhas da experiência humana, pode ser dividida em três processos essenciais: desejo, esforço  e realização.
O desejo é a aspiração ardente.
O esforço é o trabalho.
A realização é a resposta da vida.
O arquiteto concebe um edifício, mas se não mobiliza os recursos precisos à construção, não logra concretizar o projeto.
 O oleiro idealiza o vaso nobre, entretanto, se



foge ao contacto com o barro obscuro que lhe propiciará a obra prima, em vão tê-la-á estruturado na visão mental.
O lavrador sonha com a messe rica e farta, contudo, se abandona a enxada à ferrugem, quando a gleba lhe solicita suor na sementeira, debalde esperará pela colheita que se lhe desvanecerá no espírito por ilusão distanciada e inútil...
Não te circunscrevas ao ato de suplicar...
 Felicidade e esperança, alegria e amor, cooperação e simpatia, são talentos substanciais que nos reclamam sacrifício para frutescerem no campo da vida.
Indispensável plantar o bem nos mínimos atos de cada dia, nas mais insignificantes situações e entre os mais ínfimos seres, se nos propomos colher o bem, na forma de saúde e bom ânimo, ventura e segurança, contentamento e fé viva.
 Recorda que o próprio Cristo, em desejando a redenção da Humanidade, não se limitou ao êxtase das preces inoperantes no Céu.
Oferecendo-se em nosso auxílio, veio até nós e sofreu a extrema renúncia, para legar-nos os tesouros eternos da vida. Na oração em que te diriges à Providência Divina implorando algo, não te esqueças de que algo deves fazer para que algo obtenhas. Sobretudo, ajuda indistintamente, porque o ser-viço ao próximo é a oração mais completa a garantir-nos o crédito necessário aos sentimentos e raciocínios, às idéias e às palavras, que, alicerçados no bem puro e simples, se convertem, com a bênção de Deus, para nós e para os outros em sublime realidade, hoje e amanhã.

 EMMANUEL   Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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