Olá,
Espíritos perturbados em si mesmos reencarnam-se anatematizados por desequilíbrios físicos e psíquicos que procedem das lembranças negativas e dos erros anteriormente praticados.
Espíritos inquietos reemboscam-se na indumentária fisiológica, açulados por falsas necessidades a que se atiraram impensadamente nas existências passadas.
Espíritos aturdidos recomeçam a experiência carnal sob o guante de paixões que devem superar e derrapam nas experiências comprometedoras em que mais se infelicitam.
Espíritos ansiosos vitalizam as idéias que os atormentam e estabelecem conexões enfermiças com outras mentes, engendrando dramas obsessivos de consequências lastimáveis.
Espíritos viciados se reacondicionam no corpo somático e se permitem acumpliciamento com outros seres reencarnados em ultrizes processos de vampirização recíproca, em que desarticulam os centros genésicos, passando a experimentar desditas inenarráveis.
Estatísticas eficientes realizadas do lado de cá informam que os processos infelizes da criminalidade e do desespero procedem invariavelmente do ódio.
Merece, porém, examinar, que o ódio resulta das frustrações afetivas, das ansiedades incontidas, do egoísmo exacerbado, da maledicência sinistra, da ira frequente, das ambições desmedidas, dos amores alucinados que se conjugam em nefandos conciliábulos de imprevisíveis resultados.
Por isso, o amor é fundamental na vida de todos.
E por ser o sexo a fonte poderosa que faculta a perpetuação da espécie, entre os homens, invariavelmente vai confundindo nos delineamentos afetivos, como fator essencial para a comunhão, senão o único meio de exteriorização do amor.
Diariamente, milhões de criaturas mal informadas ou desavisadas, fascinadas pelas ilusões do prazer, arrojam-se a despenhadeiros da loucura, por frustrações e desassossegos sexuais.
Sublime campo de experiências superiores normalmente se converte em paul sombrio de miasmas asfixiantes e tóxicos nefastos.
Através dele, todavia, o espírito que recomeça a caminhada na Terra encontra o regaço materno, as mãos vigorosas da paternidade, os braços fraternos transformados em asas de socorro, o ósculo da amizade pura e a certeza do reequilíbrio na oportunidade nova, como porta abençoada para a própria redenção.
Não o esqueças propositadamente nos cometimentos humanos em que te encontras.
Não o espicaces levianamente, buscando as expressões da sua violência.
Sublima-o pela continência, mediante a correção do comportamento, através da disciplina mental.
Não esperes a senectude para que te apresentes sereno.
Muitas pessoas idosas expressam amarguras, que decorrem de frustrações coercitivas a que se viram impelidas; outras se caracterizam conduzindo excessivas doses de pudor, após a travessia lamentável pelos perigosos rios do uso desequilibrado, de que se arrependem dolorosamente, descambando para a aversão sistemática; diversas fingem ignorá-lo, após perderem as exigências naturais pelo cansaço e disfunção que a velhice impõe...
Muitos males que não podem ser catalogados facilmente decorrem de íntimas inquietações nos departamentos do sexo atribulado, desde os dias da juventude...
Em razão disso, ama, quanto te permitam as forças.
Não esperes, porém, que o ser amado seja compelido a responder-te às aspirações.
Provavelmente esse espírito está vinculado a outro espírito e chegaste tarde, não te sendo facultado desatrelá-lo das ligações a que se permitiu prender espontaneamente.
Se chegas antes, não o atormentes com exigências, porque é possível que o compromisso dele esteja à frente. Se te aproximas tardiamente e desfazes os laços que já mantém, não fruirás a felicidade, e se impedes que marche na direção das tarefas para as quais reencarnou sofrerás, mais tarde, o travo da desilusão, quando passe o infrene desejo imediato...
Entrega o teu amor à vida e envolve-o nas vibrações da ternura que felicita e dulcifica aquele que ama, quanto o que é amado.
Se, todavia, não possuíres forças para o cometimento, não te permitas a conjectura de sonhos escravocratas. Antes, ora e roga o socorro do Alto, para que os anjos guardiães vigilantes te distendam mãos compassivas e bálsamo tranquilizador.
O teu íntimo amor resplandecerá um dia, após a superação do tormento sexual, em paisagem de festa em que o teu espírito cantará a música da liberdade e da paz.
Há mentes ociosas, na Erraticidade, atormentadas e sedentas, vitimadas por paixões que ainda não se aplacaram, que estão realizando incessante comércio obsessivo com os que se permitem, na Terra, as alucinações sexuais e os desavisos afetivos.
Em conúbios terríveis atiram-se com virulência, explorando os centros genésicos dos encarnados e esfacelando neles a esperança e a alegria de viverem.
Sutilmente instilam os pensamentos depressivos ou açulam falsas necessidades, absorvendo por processos mui complexos as expressões do prazer fugidiço e instalando as matrizes de desequilíbrios irreversíveis.
Vigia a mente e controla o sexo.
Quando pensamentos inusitados te sombrearem os painéis mentais com idéias infelizes; quando afetos dúlcidos se transformarem nos recessos do teu coração em fornalha de desejos; quando a ternura com que envolves os a quem estimas ou amas se te apresentar ardente ou angustiante; quando passares a sofrer dolorosas constrições na organização genésica tem cuidado! Certamente estarás sendo obsidiado por outros Espíritos, encarnados de mente vigorosa ou desencarnados infelizes, em trama contínua para te arrojarem nos despenhadeiros da alucinação. Levanta o pensamento a Jesus e a Ele te entrega em regime de total doação, certo de que o Vencedor de todos os embates te ajudará a sair da constrição cruel, encaminhando-te na direção da harmonia.
Para tanto, ora e trabalha pelo bem comum, e o bem de todos te oferecerá o lenitivo e a força para a libertação a que aspiras.
“Pois do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, fornicações, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.
Mateus: capítulo 15º, versículo 19.
“Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminha sem tergiversações, sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor: afastai cuidadosamente tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno”.
Capítulo 21º — Item 8, parágrafo 5.
Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco Florações Evangélicas
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