Olá,
1 - Qual o programa ideal para a Mocidade Espírita?
Quanto ao estudo, depende do estágio de aprendizado, de maturidade dos
participantes, da disponibilidade do grupo. Enfatize-se a participação nas
atividades do Centro, particularmente na assistência social.
2 - Isso não vai desviar o Jovem do estudo doutrinário?
É uma complementação. Aprendemos com Kardec que «Fora da Caridade
Não Há Salvação”. Necessário, portanto, que os moços se movimentem nesse
campo, aprendendo a ajudar o próximo, tanto quanto devem estudar a
Doutrina.
Teoria e prática devem unir-se em favor da formação de uma
personalidade ajustada, consciente, capaz de contribuir para a edificação de
uma sociedade melhor.
3 - E como contornar a falta de tempo, Já que temos compromissos
escolares?
Há companheiros que trabalham profissionalmente...
Tempo é uma questão de preferência. Sempre encontraremos espaço em
nossa agenda para fazer o que desejamos. Além disso, todo esforço no campo
da caridade é um tônico precioso para nosso Espírito, tornando-nos mais
equilibrados e saudáveis, com benéfica repercussão em nossos labores
profissionais e estudantis. Quando nos dispomos a servir, ganhamos tempo ao
invés de perdê-lo.
4 - O que se pode fazer nesse campo?
Depende das disponibilidades e atividades do próprio Centro.
No “Amor e
Caridade”, em Bauru, os jovens participam do atendimento no Albergue, na
Campanha Auta de Souza, nas promoções beneficentes, nos núcleos da
periferia, na Evangelização Infantil.
5 - E se o Centro não desenvolve atividades?
É preciso questionar isso com
a direção. Centro que não oferece trabalho aos freqüentadores não assimilou a
orientação doutrinária. Espiritismo é serviço na Seara do Bem. O Centro tem o
dever de dar exemplo nesse sentido.
6 - A partir de que Idade o jovem deve ser convocado às tarefas no Centro?
Não há idade determinada. Depende da maturidade, da motivação, da
organização da Casa. Adolescente com doze anos pode ser excelente servidor
em várias atividades.
7 - Os jovens devem ser monitorados por adultos mais experientes ou
desenvolveriam suas próprias iniciativas?
Ainda não vi nenhuma escola onde os professores sejam os próprios
alunos. Fundamental, em qualquer aprendizado ou atividade produtiva, que os
mais experientes orientem os aprendizes.
8 - Isso não trará embaraços, na medida em que os orientadores não se
entrosem com os jovens, parecendo-lhes “quadrados’?
É uma questão importante. Evidente que a direção do Centro deve oferecer monitores devidamente preparados, dotados de conhecimento doutrinário e
capacidade de motivação, com livre trânsito entre os moços.
NÃO PISE NA BOLA RICHARD SIMONETTI
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