Olá,
Meu amigo, aprende a semear a luz no solo dos corações,
conduzindo o arado milagroso do amor, para que as sombras da
ignorância abandonem a Terra para sempre.
Quando o pântano e o espinheiro te ameaçarem a marcha,
quando a pedrada infeliz da discórdia ou o golpe imprevisto da
incompreensão te ferirem o devotamento, usa a bondade que Jesus te
concedeu e avança, trabalhando...
Alguém projetou o fel da calúnia sobre o teu nome?
Esquece e caminha. Muitas vezes, o coração do amigo é ainda frágil e cede ao
primeiro impulso da arrasadora ventania do mal.
Alguém escarnece de teu esforço?
Despreocupa-te e age fraternalmente.
Não é possível improvisar em alguns minutos o entendimento
justo com respeito às coisas sagradas que nos felicitam o espírito.
Alguém começou a cooperar contigo e desertou da
sementeira?
Silencia e adianta-te.
Nem todos sabem perseverar no sacrifício pessoal pela vitória
do bem, dia a dia, na esteira dos anos incessantes.
Alguém te menoscaba a tarefa, subestimando-te o
desinteresse pelas posses humanas e o carinho pela divina revelação?
Olvida e segue.
É preciso aprender e sofrer com a luta terrestre para
reconhecer o conteúdo de ilusão que transborda das fantasias da carne
que passa breve.
Alguém te acusa gratuitamente?
Perdoa e movimenta-te na direção do porvir.
Há muito ódio e muita discórdia envenenando as almas, e a
maldade lança trevas sobre a fronte dos melhores colaboradores do
progresso.
Em todas as aflições da romagem, se souberes ver, enxergarás
a ignorância oprimindo, vergastando, destruindo...
É necessário acender a lâmpada sublime da piedade,
avançando sempre.
Observa o chão lodacento e inculto, provocando a inquietação
e o pavor, quando observado precipício a dentro...
Mas se arremessares a semente pequenina no leito tenebroso,
em breve a terra endurecida e nua se cobrirá de verdura e perfume,
flores e frutos.
Assim é o campo humano.
Em toda parte há erosão da miséria e charcos de dor.
Não te detenhas, porém.
Lança a tua semente de fraternidade e sabedoria, auxílio e
compreensão, e a ignorância cederá terreno ao teu ideal de ajudar e
servir, multiplicando-se as bênçãos de tua lavoura de amor, a
beneficio da Humanidade inteira.
EMMANUEL Do livro Instrumentos do Tempo. Psicografia de Francisco
Cândido Xavier
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