nunca é demais esclarecimento sobre o uso do
Álcool
A cerveja e o vinho foram as primeiras bebidas alcoólicas fermentadas, surge o vinho, através da fermentação da uva e a cerveja, através de grãos de cereais.
Na Idade Média surge o processo de destilação e aparecem o uísque, rum conhaque etc., com uma concentração de álcool 40 a 50 % maior que a cerveja (4%) e o vinho (12%). Com essa inovação os problemas relativos ao álcool se aprofundaram.
O álcool contido nas bebidas utilizadas pelo homem é o etanol (álcool etílico), substância psicoativa com capacidade de produzir alterações no funcionamento do SNC, podendo modificar o comportamento dos indivíduos, causar prazer e, em decorrência do uso continuado, a dependência e a tolerância.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) define a dependência ao álcool como:
"Estado psíquico e também geralmente físico, resultante da ingestão de álcool, caracterizado por reações de comportamento e outras que sempre incluem uma compulsão para ingerir álcool de modo contínuo ou periódico, a fim de experimentar seus efeitos psíquicos e, por vezes, evitar o desconforto de sua falta; a tolerância ao mesmo podendo ou não estar presente."
(Ramos, 1990, p.17)
Detectar o limite existente entre o beber normal e a síndrome de dependência leve nem sempre é fácil e tem sido motivo de muitas controvérsias e polêmicas. O alcoolismo é considerado um dos maiores problemas da saúde pública, além de ser comprovadamente porta de entrada para outras drogas.
Os autores do livro "O Revólver que sempre dispara" comparam o uso das primeiras doses de bebida alcóolica ou o uso de alguma outra droga, como a mesma coisa que entrar numa roleta russa. O jovem coloca uma única bala no revólver, gira o tambor, aponta para a própria cabeça e puxa o gatilho. Se a bala não estiver no ponto do disparo, ele não morre, ou melhor, não fica dependente do álcool, se tiver....
Ninguém sabe, de antemão, se vai desenvolver uma dependência química ou não, porque existem outros fatores orgânicos, psicológicos e sociais que precisam estar condicionados, porém sabemos que 15% da população já tem esta doença e se beber ou usar drogas, ela se desenvolverá. É uma doença incurável e a única saída é não tomar o primeiro gole, viver o dia de hoje em abstinência, de acordo com os sábios princípios do AA (Alcóolicos Anônimos). A corrente do grupo AA, explica que os dependentes de álcool ou outras drogas já possuem um defeito orgânico semelhante ao diabético, eles não processam a substância, assim como no diabético o organismo não lida com o açúcar, eles não lidam com o álcool ou qualquer outra droga.
Os alcoolistas são doentes assim como os diabéticos, ou os que sofrem de enfisema pulmonar ou hipertensão arterial. Infelizmente o preconceito está também na classe médica, que atende diferente um enfartado de um alcoolista, condenando-o por fraqueza, vício ou semvergonhice. O fato é que uma pessoa não se torna alcoolista porque bebeu demais, ele bebe demais porque é alcoolista.
A doença preexiste ao ato de beber.
Experimentos científicos conduziram um grupo de bebedores a tomarem duas doses de sua bebida predileta todos os dias como se fossem remédios, nem uma dose a mais, nem a menos. O resultado foi de que alguns bebedores não conseguiram controlar o resultado das doses diárias, estes eram alcoolistas. A psicologia e a psiquiatria tem realizado estudos tentando vincular alguns tipos de personalidade a uma predisposição para a doença e concluíram que não se pode afirmar com segurança se uma pessoa vai desenvolver o alcoolismo ou não, mas estudando os que já desenvolveram a doença, concluíram que possuem:
* Baixa tolerância à frustração
* Baixa resistência à tensão ou ansiedade
* Sensação de isolamento
* Sensibilidade acentuada
* Tendência a atos impulsivos
* Tendência à auto-punição
* Narcisismo e exibicionismo
* Mudanças de humor
* Hipocondria
* Rebeldia e hostilidade incondicional
* Imaturidade emocional
* Conflitos sexuais incógnitos
* Mães superprotetoras
* Antecedentes familiares de alcoolismo
* Tentativa de vencer inseguranças sexuais (o álcool é depressor, anestésico e apresenta falsa desinibição porque relaxa a censura)
De acordo com os autores Vespucci (1999), no caso do alcoolismo, a partir dos primeiros goles, as pessoas acabam se encaminhando para 3 grupos de comportamento:
1. A maioria segue bebendo com moderação (socialmente), marcado por alguns episódios de excesso de consumo, criando problemas com acidentes de carro, brigas, desentendimentos, etc.
2. Uma pequena parcela não sente o menor atrativo e se torna abstêmia.
3. Outra pequena parcela, 12 a 15% da população, desenvolve uma relação toda especial e permanente com o álcool, possuem predisposição para a bebida, é a doença do alcoolismo.
Uma tese de doutorado da psicóloga Denise De Micheli, no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) concluiu que a bebida está chegando muito mais cedo na vida do jovem, a primeira dose é consumida aos 12 anos, outros dependentes graves iniciaram aos 9 anos. Outras drogas também apareceram em seguida, a maconha aos 14 anos, uns mais graves até aos 12 anos, os inalantes aos 11, xaropes aos 13, cocaína aos 15 e estimulantes aos 17.
Os especialistas estão perplexos com este quadro porque o organismo do adolescente não está preparado para fazer o metabolismo do álcool, que fica mais tempo no corpo, porque o fígado do adolescente demora para eliminar as toxinas, estas circulam por mais tempo, é por isso que o jovem se embriaga mais rapidamente, assim como o idoso também, pois as suas funções hepáticas são lentas.
O casamento adolescência e drogas é muito perigoso, porque o jovem está num período de testar limites, de correr riscos e o álcool potencializa estes riscos, tem o poder de diminuir a autocrítica e o autocontrole, tornando-os mais destemidos e, portanto, mais expostos a riscos como brigas e acidentes de carro.
Cerca de 35% dos acidentes de trânsito com vítimas são causados pelo álcool, segundo a Associação Brasileira de Acidentes e Medicina de Tráfegos e 75% dos acidentes tem relação direta com embriaguez. A grosso modo 1 em cada 10 pessoas são alcoolistas. Na cidade de São Paulo existe 1 milhão de pessoas de ambos os sexos, todas as classes sociais e credos religiosos que são alcoolistas. Enquanto se arrecada 2,4% do PIB para produção e comercialização, gasta-se com a doença 5,5%. Quem tem executado um trabalho pioneiro e eficaz tem sido o grupo do AA.
Gifos meus.
Livro:
A PREVENÇÃO DE DROGAS À LUZ DA CIÊNCIA
E DA DOUTRINA ESPÍRITA
REFLEXÕES PARA JOVENS E EDUCADORES
Rosa Maria Silvestre Santos
Pedagoga, psicopedagoga, psicodramatista, consultora de prevenção às drogas, co-dirigente do curso "Escolinha" de Pais.
Visite estes sites:
http://www.dprf.gov.br/PortalInternet/leiSeca.faces
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=alcool-esta-presente-em-75--das-mortes-no-transito&id=3092
http://www.cisa.org.br/categoria.html?FhIdTexto=04238dabb7bd5608fda6bb23aed4ec1b&ret=&
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oi amiga ! aproveitei bastante este tema ,venho trabalhando com jovens , vai ser muito util na minhas tarefas. parabens pelo site, bjsss. Dri
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