Olá,
Diz o dito popular que "o hábito do cachimbo põe a boca torta" e eu acrescento, muitas vezes, fica tudo torto.
1) Qual é o hábito que prejudica aspectos importantes da sua vida?
2) Quais os hábitos que você mantém que não trazem benefícios para você?
3) Qual o seu objetivo de mudança de hábitos?
Velhos hábitos
... O corpo não dá cólera àquele que não a tem, como não dá osoutros vícios; todas as virtudes e todos os vícios são inerentes aoEspírito; sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?...”
ESE Capítulo 9, item 10“
Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle de outras ou de determinadas coisas.Portanto, deve ser considerado como vício não apenas o consumo detóxicos e de outros produtos de origem natural ou sintética.
O conceito é mais amplo. Analisando-o em profundidade, podemos interpretá-lo como atitudemental que nos leva compulsoriamente à subjugação a pessoas e situações. Muitos de nós aprendemos a ser dependentes desde cedo, dirigidos por adultos superprotetores que nos imprimiram “clichês psíquicos” de repressão,que se refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós e quenão nos deixam desenvolver o “senso de autonomia” e de independência.
Outros trazem enraizadas experiências em que lhes foi negada a possibilidadede exercer a capacidade de seleção de amigos e parceiros afetivos, em virtudeda intervenção de adultos prepotentes. Essa nociva interferência torna-os maistarde indivíduos de caráter oscilante, indecisos, assustados e inseguros. Outros ainda, por terem sofrido experiências conflitantes em outras encarnações, emcontato com criaturas desequilibradas e em clima de inconstância edesarmonia, são predispostos a renascer hoje com maior identificação com ainstabilidade emocional.
Dessa forma, entendemos que os fatores que propiciam os vícios e as compulsões ocorrem em ambientes familiares sociais desarmônicos, desta ou de outras encarnações, onde deixamos as pressões, traumas, coações,desajustes e conflitos se enraizarem em nossa “zona mental” ou “perispiritual”, porquanto os vícios não passam de efeitos externos de nossos conflitosinternos.
Vale ressaltar que nossa sociedade, a rigor, é extremamente “machista”,razão pela qual muitas mulheres foram educadas para aceitar comportamentosdependentes como sendo “virtudes femininas”, o que as leva a viver dentro de“demarcações estreitas” do que elas devem ou podem fazer. O vício do álcool, sexo, nicotina, jogos diversos ou drogasfarmacológicas são formas amenizadoras que compensam, momentaneamente, áreas frágeis de nossa alma desestruturada. Aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado “mal-estar interior”.
Pode parecer que as opções vício dependência disfarcem ou abrandema “pressão torturante”, porém o desconforto permanece imutável.O álcool e a droga são sedativos ou analgésicos, mas por acarretar gravíssimas conseqüências, são denominados “vícios autodestrutivos”. Acomida é uma dependência considerada, de início, “vicio neutro”, para, depois,transformar-se numa “opção de fuga” negativa e profundamente
desorganizadora do nosso corpo físico-psíquico.
Há manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que noslevam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes:
— Vício de falar descontroladamente, sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e do bom senso.
— Vício de mentir constantemente para nós mesmos e para os outros,por não querermos tomar contato com a realidade.
— Vício de nos lamentarmos sistematicamente, colocando-nos comovítima em face da vida, para continuarmos recebendo a atenção dos outros.
— Vício de nos acharmos sempre certos, para podermos suprir aenorme insegurança que existe em nós.
— Vício incontido de gastar desnecessariamente, sem utilidade, a fim deadiarmos decisões importantes em nossa vida.
— Vício de criticar e mal julgar as pessoas, para nos sentirmos maiorese melhores que elas.
— Vício de trabalhar descontroladamente, sem interrupção, para nosdistrairmos interiormente, evitando desse modo os conflitos que não temoscoragem de enfrentar.
Inquestionavelmente, as chamadas viciações resultam do medo deassumir o controle de nossa vida e, ao mesmo tempo, do medo de nosresponsabilizarmos por nossos atos e atitudes, perniltindo que eles fiquem forade nosso controle e de nossas escolhas.Quaisquer que sejam, contudo, os motivos e a origem de nossos “velhoshábitos”, urge estabelecermos pontos fundamentais, a fim de que comecemosindagando “por que somos” dependentes emocionalmente e “qual é a forma”de nos relacionarmos com essa dependência.
Aqui estão alguns itens a ser também observados e que provavelmentenos ajudarão a ser mais independentes, além de capazes de satisfazer nossosdesejos e vocações naturais. Ao mesmo tempo, nos permitirão estar junto apessoas e situações sem tomar-nos parcial ou totalmente dependentes delas:— Aguçar nossa capacidade de decidir, de optar e de escolher cada vezmais livre das opiniões alheias.— Combater nossa tendência de ser “bonzinhos”, ou melhor, de desejar ser sempre agradáveis aos outros, mesmo pagando o preço de nosdesagradar.
— Estimular nossa habilidade de dizer “não”, quantas vezes foremnecessárias, desenvolvendo assim nosso “senso de autonomia”, a fim de nãocair nos “modismos” ou “pressões grupais”.
— Estabelecer no ambiente familiar um clima de respeito e liberdade,eliminando relações de superdependência “simbióticas”, para que possamosser nós mesmos e deixemos os outros ser eles mesmos.
— Criar padrões de comportamentos positivos, pois comportamentossão hábitos, e nossos hábitos determinam a facilidade de aceitarmos ou não ascircunstâncias da vida.
— Conscientizar-nos de que somos seres humanos livres por natureza,mas também responsáveis por nossos atos e pensamentos, pois recebemospor herança natural o livre-arbítrio.
— Cultivar constantemente o autoconhecimento:
- reforçando nossa visão nos traços de nossa personalidade que já
conhecemos;
- buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos;
- analisando as opiniões de outras pessoas que, ao contrário de nós, já conhecemos nosso perfil psicológico;
- aceitando plenamente nosso lado “inadequado”, sem jamais escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando, porém, equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas ponderações que, com certeza, nosajudarão a libertar-nos dessas “necessidades constrangedoras”, cujasverdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.
conhecemos;
- buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos;
- analisando as opiniões de outras pessoas que, ao contrário de nós, jáconhecemos nosso perfil psicológico;
- aceitando plenamente nosso lado “inadequado”, sem jamais escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando, porém, equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas ponderações que, com certeza, nosajudarão a libertar-nos dessas “necessidades constrangedoras”, cujasverdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.
Hammed "Renovando Atitudes".
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