Olá,
A maconha vem da planta "cannabis sativa", cujo princípio ativo
responsável pelas alterações das sensações e percepções é o THC
(tetrahidrocanabionol).
A maconha é utilizada normalmente sob a forma de cigarro
(baseado), podendo ser fumada em cachimbo.
Sua fumaça contém
elementos cancerígenos semelhantes aos do cigarro e suas folhas
contém quantidade maior de benzopireno (predispõe ao câncer
pulmonar) do que as folhas do tabaco.
Os principais efeitos da maconha são:
boca seca,
falar demais,
rir à
toa,
sensação agradável de relaxamento,
diminuição da ansiedade,
aumento de apetite,
excitabilidade ou depressão,
sensação de euforia,
perda da coordenação motora,
alterações na percepção do espaço e da
passagem do tempo.
Geralmente acentua o estado de espírito do
momento e funciona como amplificador de sensações internas, uma
tristeza pode se transformar numa melancolia profunda ou uma coisa
engraçada pode se tornar hilariante.
Dirigir depois de fumar um "baseado" é tão perigoso quanto dirigir
bêbado, pois a maconha reduz o tempo de reação dos reflexos, torna a
pessoa distraída, esquecida e dificulta o pensamento e a concentração.
Doses altas dessa substância provocam perturbações da memória e
do pensamento, medo generalizado, ansiedade, sensação de estar
sendo observado e mal-estar difuso. A pessoa tem a sensação de estar
enlouquecendo ou que está em desdobramento.
Sintomas físicos tais como: taquicardia; hiperemia conjuntival (olhos
avermelhados); boca seca; larica (sensação de fome); tremores discretos
nas mãos; incoordenação motora; diminuição da força muscular;
sonolência e apatia são comuns.
A maconha provoca, a longo prazo, uma redução das defesas
imunológicas, deixando o organismo sujeito a infecções de todos os
tipos.
As conseqüências do uso continuado da maconha podem atingir o
cérebro, aparelho cardiovascular e pulmões, além de precipitar
convulsões em epilépticos e diminuição acentuada de espermatozóide
nos homens, devido à queda da testosterona.
Estas alterações foram
encontradas no homem e confirmadas em pesquisas com animais. Tais
sintomas são reversíveis, voltando aos índices normais após a
interrupção do uso.
Outras consequências do uso continuado são a dificuldade no
aprendizado, a diminuição do rendimento escolar e no trabalho, dada a
diminuição dos reflexos e da capacidade de concentração.
Usuários assíduos de maconha mostram-se muito desmotivados,
chegando a perder o interesse pela família, amigos, escola, trabalho e
lazer e demonstram falta de objetivos de vida mais elaborados.
Do ponto de vista psíquico, podem ocorrer alucinações e delírios
(dependendo da quantidade de THC consumida e da sensibilidade do
usuário) e desencadear um quadro psiquiátrico clínico, semelhante à
esquizofrenia, em pessoas com predisposição latente.
Muitos jovens acreditam que o álcool e o fumo são mais maléficos do
que a maconha. Segundo Carlini, trata-se de uma falsa argumentação,
pois ainda não existem estudos epidemiológicos que possam constatar
tal afirmativa. Além disso, qualquer comparação entre essas substâncias
só poderia ser válida se tratasse de níveis idênticos de consumo.
Dificilmente um indivíduo consome a mesma quantidade de "baseado"
que um usuário de tabaco ou um bebedor com substância alcoólica .
Logo esta afirmação não tem fundamento científico e nada ajuda na
resolução do problema.
Nenhum jovem interrompeu seus estudos, foi reprovado, teve surto
psicótico, alterações hormonais durante o uso, alterações das
percepções, perda do referencial tempo/espaço, memória e
concentração prejudicadas, complicações com a polícia, afastou-se de
família, amigos ou namorado(a) por causa do cigarro, o mesmo não
podemos dizer em relação ao álcool e à maconha.
Livro:
A PREVENÇÃO DE DROGAS
À LUZ DA CIÊNCIA E DA DOUTRINA ESPÍRITA
REFLEXÕES PARA JOVENS E EDUCADORES
Rosa Maria Silvestre Santos
Pedagoga, psicopedagoga, psicodramatista, consultora de prevenção às drogas, co-dirigente do curso "Escolinha" de Pais.
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